O Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina concluiu os dez inquéritos sobre a construtora Iguaçu do Brasil e encaminhou os processos ao Ministério Público (MP), com a indicação para indiciamento de 13 pessoas, cinco a mais do que no início da investigação. O delegado do órgão, Ernandes Cezar Alves, pediu a inclusão dos nomes de Guidimar dos Anjos Guimarães como suspeito de ser sócio oculto da empresa, dos filhos dele Paula Ribas Guimarães e Maurício Ribas Guimarães, do contador Joatan de Carvalho Milan e do gerente de vendas André Zancopé.
O delegado diz que os crimes foram estelionato, formação de quadrilha e falsificação durante a comercialização de dez empreendimentos residenciais em Londrina. A Iguaçu tinha à frente o ex-prefeito de Mandaguari Carlos Alberto Campos de Oliveira e foi denunciada por um grupo de clientes e de pessoas que venderam terrenos para a construção de condomínios, devido à suspeita de falta de alvarás para a venda de imóveis.
Foram identificadas 234 vítimas em dez empreendimentos em construção, que foram lesadas, juntas, em R$ 77,151 milhões, diz o delegado do Gaeco. "Também representamos pelo sequestro e arresto de bens dos envolvidos para ressarcimento", conta Alves.
Leia mais:
Ippul sugere plano com 20 ações para modernizar o Centro de Londrina; saiba quais
Com Murilo Benício, filmagens de 'Assalto à Brasileira' começam em Londrina
Passeios de pedalinho no Igapó 2 podem ser feitos até as 23h em Londrina
Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina
Advogado de defesa de Guimarães e dos filhos dele, Walter Bittar afirma que, como não teve acesso aos inquéritos, não pode comentar o caso. Porém, diz que não há fundamento na acusação e que os clientes dele tiveram os nomes envolvidos porque possuem recursos financeiros que viabilizariam o ressarcimento. "Quem faz a menção a eles (família Guimarães) são as vítimas da Iguaçu, não vítimas do Guidimar", cita. Os advogados dos outros dois não foram encontrados pela reportagem.
O promotor Jorge Barreto afirma que recebeu os inquéritos do Gaeco e que a ideia é iniciar o ano com as denúncias apresentadas. Porém, ele lembra que é possível que seja necessário pedir mais alguma diligência ao Gaeco. Um dos líderes das vítimas, o empresário Eduardo Tomasetti diz que a expectativa é que o caso, que estourou em março de 2013, seja resolvido o quanto antes. "Com essa notícia do Gaeco, a nossa esperança de ter uma solução se redobra."