O antigo módulo policial localizado no Bosque Municipal Cândido Rondon, no Centro de Londrina, passará a funcionar como base comunitária da Guarda Municipal a partir do dia 1º de julho. Nesta data, também começam a trabalhar os 250 guardas que farão a segurança dos logradouros municipais. Ontem, a Polícia Militar (PM) desocupou o imóvel.
A corporação, segundo a 2º tenente Manoella Donadelo de Borba, subcomandante da Companhia de Rádio Patrulha, continuará realizando policiamento ostensivo na região. Como não haverá mais a obrigação de cuidar das áreas municipais, incluindo os terminais urbano e rodoviário, ela acredita que sobrará efetivo para reforçar o policiamento no Centro. ‘Também teremos uma viatura a mais.’
De acordo com o secretário municipal de Defesa Social, Benjamin Zanlourenci, 24 guardas ficarão lotados no módulo e serão responsáveis pela Área Central. ‘A escolha do local visa principalmente a segurança do Bosque, que hoje é frequentado por usuários de drogas’, afirmou. A estrutura será adaptada para a nova função, com pintura de identificação nas cores do município. Também serão providenciados sistemas de telefone e rádio.
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A outra base comunitária em vias de ser instalada localiza-se no Jardim Bandeirantes (zona oeste), na Rua Serra dos Pirineus. ‘Já está em andamento o processo de doação do imóvel por parte dos proprietários.’ Nas outras regiões da cidade, a secretaria ainda busca locais adequados para receber as bases. ‘Se não encontrarmos imóveis, poderemos nos instalar em escolas ou postos de sáude’, disse.
Drogas
Na Vila Recreio (Zona Leste), os moradores aguardam uma solução para o módulo policial que, sem qualquer uso, transformou-se em ‘mocó’. ‘O módulo vive cheio de andarilhos e usuários de drogas. Tem gente que usa para ter relações sexuais ou como banheiro. O cheiro é muito forte e, à noite, as pessoas tem medo de passar pelo local’, reclamou o entregador Cristiano Alves Costa. O módulo fica em uma praça na esquina da Rua Tietê com São Vicente.
A balconista Maria Campassi denunciou que os andarilhos fazem fogueiras dentro do imóvel, colocando os vizinhos em risco. ‘Não dá para as crianças brincarem na praça. Se não forem usar, era melhor que derrubassem’, opinou.
Zanlourenci relatou que apenas dois módulos continuam desocupados em Londrina: o da Vila Recreio e o da Avenida Bandeirantes, em frente ao Hospital Mater Dei. ‘Ainda não sabemos se eles serão utilizados pela Guarda, mas se não forem, terão de ser derrubados.’