Uma reunião de quase três horas entre representantes de cooperativas de reciclagem e diretores da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) terminou em impasse na tarde de ontem. O novo contrato apresentado pela CMTU prevê o fim de subsídios e a remuneração pelo peso de material coletado. O valor de R$ 212 por tonelada desagradou quatro das cinco cooperativas. Apenas a Coopermudança preferiu não participar oficialmente das reivindicações.
Os recicladores concordaram com a maioria das cláusulas, mas apontaram que o valor proposto não é suficiente para manter os trabalhos. As cooperativas pedem R$ 650 por tonelada, três vezes mais que o oferecido. Uma nova reunião foi marcada para as 10 horas de hoje na sede da CMTU. "Esse valor quase não cobre os nossos custos. Queremos conversar para chegarmos em um patamar bom para todos", disse Zaqueo Vieira, da Cooper Região.
Sandra Araújo Barroso Silva, da Coocepeve, também afirma que não tem como prestar serviço de qualidade com as atuais condições. "Não podemos concordar, pois não teremos condições de atender as cláusulas do contrato", reclamou. Já Adriana Alves, da Coopermudança, criada há 20 dias, acredita que o valor de R$ 212 por tonelada é viável para o início dos trabalhos. "É claro que se o valor for maior vai valorizar o trabalho dos recicladores, mas acredito que poderíamos trabalhar com esse preço", opinou.
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Mesmo com a indefinição, o presidente da CMTU, Carlos Alberto Geirinhas, acredita que a reunião foi produtiva. "É preciso diálogo. Eles farão uma contraproposta que será analisada", adiantou. Geirinhas explicou que o novo contrato é bem diferente do anterior. "Antes eles recebiam um valor global, mas não temos como fiscalizar, pois são 210 mil domicílios na cidade. Pagando pelo peso coletado, incentivamos as cooperativas a se tornarem autossuficientes", argumentou.