Quatro representantes do projeto Kre Kygfy (lê-se Crê-fi), realizado na Terra Indígena (TI) Apucaraninha pela Prefeitura de Londrina, participam em São Paulo da Conferência Internacional Empresas e Responsabilidade Social 2006. O evento, que ocorre de 19 a 22 deste mês, é coordenado pelo Instituto Ethos, em parceria com o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Segundo a antropóloga da Secretaria de Assistência Social e coordenadora do projeto, Marlene de Oliveira, o convite para participar da conferência partiu da Petrobrás, patrocinadora do evento e também do projeto Kre Kygfy. Durante o encontro, o artesanato produzido pelas mulheres da reserva do Apucaraninha fica exposto como representante dos projetos brasileiros.
Para Marlene, a participação do projeto na conferência é de extrema validade, já que dará mais visibilidade ao trabalho das artesãs indígenas.
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O projeto
O projeto Kre Kygfy teve início em 2005 e é uma iniciativa da Secretaria de Assistência Social e da organização não governamental Centro de Intervenção e Pesquisa em Saúde Indígena, em parceria com o curso de Desenho Industrial da Universidade do Norte do Paraná; Programa do Voluntariado do Paraná (Provopar) e Associação de Moradores da TI Apucaraninha.
A iniciativa conta com a participação de aproximadamente 30 mulheres e de alguns homens que colaboram na extração da matéria prima, encontrada na maioria das vezes em locais de difícil acesso. Cada objeto traz a certificação da marca do projeto e o nome da artesã que confeccionou o produto, o que contribui para o fortalecimento cultural e ambiental do grupo indígena, além de dar maior visibilidade e valor ao produto.
Para confeccionar as cestas, as mulheres do projeto Kre Kygfy utilizam como matéria prima diversas fibras e cores naturais como criciúma, cipó imbé, bambu, taquara, urucum, kó-mrur, guaimbé, entre outras."As cestarias Kaingáng revelam estilos e técnicas de trançados próprios que constituem grande riqueza para o acervo cultural da humanidade", ressaltou Marlene de Oliveira.