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Índios e Copel não se entendem

Da Redação - Folha de Londrina
18 set 2001 às 20:37

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O advogado César Bessa, que defende a comunidade caingangue da Reserva de Apucaraninha (localizada entre os municípios de Tamarana e Londrina), disse hoje (18/09) que espera uma 'negociação longa' com a Copel, no impasse sobre os valores dos repasses indenizatório e de arrendamento relativos ao funcionamento de uma hidrelétrica instalada próximo à aldeia. 'Os caingangues têm uma história de luta e resistência e não irão aceitar imposições da Copel que os prejudiquem', afirmou.
Na última sexta-feira, a Copel, através de ofício, informou aos índios que o valor do pedido de indenização - cerca de R$ 71 milhões - e o valor do repasse mensal da arrendamento - cerca de R$ 46 mil - inviabilizaria o funcionamento da usina e que a proposta alternativa da comunidade - montagem de uma comissão técnica de estudos para estabelecer os novos valores com representantes indicados pelas duas partes - fere a legislação em vigor.
Até hoje, os índios nunca foram indenizados pelo uso de 114 alqueires por parte da Copel, que instalou a unidade geradora em 1949. O contrato de arrendamento em vigor repassa apenas R$ 56 mil anuais à comunidade, mais da metade gasto com a conta de energia elétrica da reserva.

* Leia mais em reportagem de Lúcio Flávio Moura na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta quarta-feira

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