A presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina, Ignes Dequech, confirmou, em entrevista ao Bonde nesta segunda-feira (11), que o calçadão vai voltar a contar com quiosques em breve. O projeto que prevê o retorno dos pequenos estabelecimentos já foi aprovado pelo prefeito Alexandre Kireeff e, atualmente, passa por análise jurídica na Procuradoria-Geral do Município. "Estamos formulando um instrumento jurídico para selecionar o órgão que ficará responsável pela licitação dos quiosques", explicou.
De acordo com ela, o processo pode ser apresentado pela Secretaria Municipal de Gestão Pública ou pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). O órgão escolhido também ficará responsável por recolher o aluguel dos quiosques junto aos empresários e monitorar se os espaços estão sendo bem cuidados.
A presidente do Ippul destacou, ainda, que a localização dos novos quiosques já foi definida pela atual administração. Ela não quis revelar os pontos, mas adiantou que serão "praticamente os mesmos" que os apontados em proposta apresentada pelo instituto no início do ano passado.
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Pelo projeto inicial do Ippul, o calçadão pode voltar a ter oito quiosques: uma banca de revistas e uma floricultura entre as ruas Professor Hugo Cabral e Pernambuco; uma floricultura e um café nas proximidades da rua Professor João Cândido; e uma banca de revistas e duas lanchonetes entre a avenida Rio de Janeiro e a rua Senador Souza Naves.
Ignes Dequech também não quis estipular prazos para que a licitação dos quiosques seja apresentada pelo município. "A análise está no finalzinho", limitou-se a dizer.
Histórico
O centro de Londrina contou com quiosques até o ano de 2010, quando o então prefeito Barbosa Neto (PDT) determinou a demolição de todas as estruturas. Os pequenos estabelecimentos comerciais foram removidos durante processo de revitalização do calçadão. Não sobrou um para contar história. Os comerciantes que tiveram condições transferiram os pontos para imóveis alugados, em prédios da área central. A grande maioria, no entanto, precisou se reinventar para continuar trabalhando. Alguns levaram os comércios para os bairros. Outros abandonaram a profissão.