Cerca de 80 homens protegidos por viaturas das polícias Militar (PM) e Civil realizaram nesta segunda-feira uma operação de limpeza no fundo de vale que separa o Jardim Nossa Senhora da Paz e a favela da Rua Pantanal (zona oeste de Londrina), palco de uma guerra de gangues que se acirrou nas últimas semanas. A limpeza foi um pedido da Polícia Civil para tentar conter os tiroteios frequentes na região.
O terreno, uma área pública com aproximadamente um alqueire, era utilizado, segundo a Polícia Civil, como ponto de tiro e rota de fuga dos atiradores da favela Pantanal. Na semana passada, três homens foram presos na área acusados de participarem da morte do funcionário da Fiação de Seda Bratac, Damião dos Santos Ramos, 27 anos. Ele foi atingido com um tiro dentro da empresa, na segunda-feira passada.
A equipe de limpeza, de uma empresa que presta serviços para o município, encontrou um barraco e um trapiche construído no alto de uma espinheira-santa o que reforça a hipótese da polícia. A espinheira-santa, bem como outras árvores próximas, e o barraco foram derrubados. O trabalho de roçada foi concluído hoje, mas a equipe deve voltar amanhã ao local para a retirada dos entulhos.
Segundo o delegado do 3º Distrito Policial, Manuel Pelisson, a limpeza da área vai facilitar a ação da polícia. ''A identificação dos suspeitos ficará mais fácil e os moradores de ambos os lados terão mais visão de quem está atirando, além disso a comunidade ganha com a limpeza'', afirmou.
Funcionários da Secretaria de Saúde também participaram do mutirão e aplicaram inseticida no terreno, que tem alta infestação de carrapatos. Segundo o chefe do Departamento de Limpeza da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Délcio Garcia, haverá manutenção da área. ''Vamos tentar manter um controle a cada 50 ou 60 dias'', disse.
Garcia admitiu que a área era evitada pela CMTU por conta do problema da violência. ''Como trabalhamos com material humano e a área é meio problemática tínhamos dificuldade de agir aqui'', declarou.
Os moradores da região aprovaram em parte a operação. ''De um lado é bom porque acaba com os carrapatos mas de outro vamos ficar mais expostos aos tiros do outro lado'', argumentou a dona de casa Lenilda da Silva, 30 anos.
O cotidiano violento da região está expulsando moradores. Pelo menos 10 casas, localizadas no fundo da favela e, portanto, na linha de tiro, estão vazias. ''Graças a Deus consegui comprar um terreno e vou me mudar daqui, tenho que proteger minha família'', disse a dona de casa Neusa Cristina de Lima, 41 anos, cuja casa tem três marcas de bala, uma ao lado da janela, fruto dos tiroteios mais recentes.
Desde a morte do funcionário da Bratac, a PM reforçou o policiamento na região e deslocou uma viatura para o Pantanal. No Nossa Senhora da Paz, o policiamento constante já vem acontecendo há mais de um mês.
O terreno, uma área pública com aproximadamente um alqueire, era utilizado, segundo a Polícia Civil, como ponto de tiro e rota de fuga dos atiradores da favela Pantanal. Na semana passada, três homens foram presos na área acusados de participarem da morte do funcionário da Fiação de Seda Bratac, Damião dos Santos Ramos, 27 anos. Ele foi atingido com um tiro dentro da empresa, na segunda-feira passada.
A equipe de limpeza, de uma empresa que presta serviços para o município, encontrou um barraco e um trapiche construído no alto de uma espinheira-santa o que reforça a hipótese da polícia. A espinheira-santa, bem como outras árvores próximas, e o barraco foram derrubados. O trabalho de roçada foi concluído hoje, mas a equipe deve voltar amanhã ao local para a retirada dos entulhos.
Segundo o delegado do 3º Distrito Policial, Manuel Pelisson, a limpeza da área vai facilitar a ação da polícia. ''A identificação dos suspeitos ficará mais fácil e os moradores de ambos os lados terão mais visão de quem está atirando, além disso a comunidade ganha com a limpeza'', afirmou.
Funcionários da Secretaria de Saúde também participaram do mutirão e aplicaram inseticida no terreno, que tem alta infestação de carrapatos. Segundo o chefe do Departamento de Limpeza da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Délcio Garcia, haverá manutenção da área. ''Vamos tentar manter um controle a cada 50 ou 60 dias'', disse.
Garcia admitiu que a área era evitada pela CMTU por conta do problema da violência. ''Como trabalhamos com material humano e a área é meio problemática tínhamos dificuldade de agir aqui'', declarou.
Os moradores da região aprovaram em parte a operação. ''De um lado é bom porque acaba com os carrapatos mas de outro vamos ficar mais expostos aos tiros do outro lado'', argumentou a dona de casa Lenilda da Silva, 30 anos.
O cotidiano violento da região está expulsando moradores. Pelo menos 10 casas, localizadas no fundo da favela e, portanto, na linha de tiro, estão vazias. ''Graças a Deus consegui comprar um terreno e vou me mudar daqui, tenho que proteger minha família'', disse a dona de casa Neusa Cristina de Lima, 41 anos, cuja casa tem três marcas de bala, uma ao lado da janela, fruto dos tiroteios mais recentes.
Desde a morte do funcionário da Bratac, a PM reforçou o policiamento na região e deslocou uma viatura para o Pantanal. No Nossa Senhora da Paz, o policiamento constante já vem acontecendo há mais de um mês.