O secretário municipal do Ambiente, Carlos Levy, encaminhou na semana passada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pedido formal para o abate de 50 mil pombas amargosas, que se alimentam e se reproduzem normalmente na zona rural, mas dormem no centro de Londrina. A autorização é necessária porque esta espécie de pomba é um animal nativo.
Segundo o secretário, seriam abatidas cerca de 8 mil aves por mês, durante seis meses. "O abate não é uma atitude isolada: juntamente com esta medida, estamos testando o repelante sonoro, trabalhando para a ampliação da mata ciliar e manutenção da reserva legal na zona rural", disse ao Bonde o secretário Carlos Levy. "Apresentamos o projeto em caráter de urgência e acreditamos que em 10 dias aproximadamente o Ibama tenha uma decisão".
Também deve ser construído em breve um pombal no Cemitério São Pedro, porém, seu objetivo é servir de dormitório para a pomba urbana, a Columba livia.
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Ele acrescentou que membros da câmara de fauna do Ibama devem vir a Londrina para averiguar o que efetivamente está sendo feito para diminuir a superpopulação de pombos na cidade. "Não temos como fugir do abate, mas junto a isso todas outras medidas têm de ser tomadas: temos que "mostrar" para as pombas que não há lugar para elas no centro de Londrina".
O abate
O secretário Carlos Levy explicou que as pombas serão capturadas em um grande cesto e anestesiadas com formol. Presas, elas serão mortas por descolamento de medula, ou seja, puxando o pescoço, como ocorre no abate de galinhas.
As pombas mortas deverão ser incineradas ou dispensadas em um aterro licenciado. "Pedimos que o Ibama nos aponte a melhor solução neste caso", disse Levy.
Para proceder ao abate, será necessário contratar uma equipe. Com a autorização, o município adotaria a medida a partir de outubro.