Londrina

Londrina: sindicato diz que greve do transporte coletivo está mais próxima

28 mai 2021 às 20:26

Depois de quatro horas de negociação, a reunião na tarde desta sexta-feira (28) entre a Londrisul, TCGL (Transportes Coletivo Grande Londrina) e o Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina) terminou do mesmo jeito que começou: sem nenhum acordo. Com a indefinição, os trabalhadores vão decidir na próxima terça se entram ou não em greve. Mesmo ainda sem um resultado, o presidente do sindicato, José Faleiros, comentou que a categoria deve cruzar os braços.


Seria a segunda paralisação em menos de dois meses. Em abril, os funcionários pararam por cinco dias pelo atraso no pagamento dos salários de março. "O encontro foi pior do que eu pensava. As negociações estão complicadas. As empresas querem a suspensão do PPR (Programa de Participação nos Resultados), o que não vamos aceitar", informou o sindicalista. Tanto a TCGL quanto a Londrisul alegam que não podem atender as reivindicações salariais por causa da crise financeira ocasionada principalmente pela queda de passageiros.


Faleiros apresentou a possibilidade de renovação da convenção coletiva de trabalho e a data-base a partir de 1º de janeiro. Outra proposta foi o aumento a partir de julho do ticket alimentação de R$ 325 para R$ 445. "Assim poderíamos discutir com a categoria e, quem sabe, evitar uma greve", comentou. Ele disse, no entanto, que a ideia não teria agradado as empresas.

O Sinttrol voltou a pedir uma intervenção do prefeito Marcelo Belinati (PP) no impasse. Segundo a ata da reunião, as empresas citaram que a prefeitura ainda não pagou a indenização do reequilíbrio financeiro de 2020 e deste ano, o que seria necessário "para a manutenção do sistema". De acordo com as entidades, "o cenário é de total imprevisibilidade".


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