O número de óbitos decorrentes de acidentes de trânsito apresentou redução em Londrina durante o primeiro semestre deste ano. Foram 28 mortes, ante 34 registradas entre janeiro e junho de 2021. A diminuição da letalidade foi ainda mais acentuada entre pedestres e motociclistas, que figuram entre as vítimas mais vulneráveis da dinâmica viária nos centros urbanos de todo o país.
No caso dos pedestres, os episódios fatais caíram quase pela metade, de 11 para seis – uma redução de 45,45%. Já entre os motoristas ou passageiros de motocicletas a queda foi de 20%, passando de 15 para 12. Também nos primeiros seis meses de 2022, a cidade permaneceu 13 dias consecutivos, entre 20 de fevereiro e 4 de março, sem qualquer sinistro com morte nas ruas e avenidas.
Divulgado pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) nesta segunda-feira (18), o boletim estatístico aponta ainda retração na quantidade de ocorrências e de vítimas. O índice de acidentes encolheu de 1.463 para 1.362 entre um ano e outro (-6,90%), enquanto o de pessoas envolvidas (vítimas) variou de 1.704 para 1.684 (-1,17%).
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A faixa etária que mais concentrou mortes foi a das pessoas entre 18 e 30 anos, com 11 registros, seguida da do grupo de 31 a 59 anos, com 10 casos (contra 17 em 2021). Foram 4 óbitos de idosos (acima de 60 anos), todos por atropelamento, no ano anterior, nos primeiros seis meses do ano, 7 idosos perderam a vida.
Com quatro mortes, o trecho urbano da BR-369 aparece como a via mais violenta. Na segunda posição vem a PR-445, com duas. No trecho urbano do município, não houve registro de mortes nas avenidas Saul Elkind, Francisco Gabriel Arruda e Tiradentes.
Multas
De acordo com o balanço da CMTU, os flagrantes de irregularidades no trânsito (radar fixo, móvel, talonário eletrônico e autos da PM, GM e NIC) ocasionaram 156.642 autos de infração durante o período analisado. Deste total, 29.692 (19%) foram convertidos em advertência.
Segundo o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), a troca da multa pela penalidade por escrito ocorreu para infrações de natureza leve ou média, desde que o condutor não seja reincidente na mesma violação nos últimos 12 meses.
Dentre os autos emitidos, 108.579 foram por excesso de velocidade, que é a falta mais cometida pelo motorista londrinense. Avançar o sinal vermelho do semáforo vem em segundo lugar, com 8.395 registros, seguido da falta do uso do cinto de segurança, com 2.396.
Outros dados
Entre novas demarcações e reforço das antigas, a área sinalizada pela CMTU no primeiro semestre atingiu 28.859 m². Já as placas de sinalização vertical implantadas ou revitalizadas somaram 3.610 unidades.
Foram instalados oito novos semáforos no período, 15 restaurados em função de acidentes e outros oito reformados devido a obras ou ajustes viários. As manutenções realizadas somaram 724 intervenções.
O número de veículos recolhidos ao pátio do município por irregularidades de trânsito ou sucata chegou a 1.223, sendo que 895 foram liberados.
Novo diretor
Quem assume a Diretoria de Trânsito da CMTU é o Major Mário Celso Andrade. Natural de Bela Vista do Paraíso, ele integra a reserva da PM (Polícia Militar) do Paraná. Ingressou na corporação em 1986 e, ao longo dos anos, foi promovido aos postos de oficial, tenente, capitão e major.
Durante os 35 anos de serviço dedicados à segurança pública, foi comandante do 15º BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Rolândia; dirigiu o Grupo de Operações Especiais e a 2ª Companhia na mesma cidade.
Em Londrina, foi subcomandante e comandante no 5º BPM, ocupou a função de chefe de Planejamento de Operações e esteve à frente, em duas oportunidades, da Ciatran (Companhia de Polícia de Trânsito).
Andrade formou-se em direito em 2005, se especializou em Direitos Humanos com Ênfase em Segurança Pública e Estudos de Política e Estratégia. Tem 54 anos, é casado, possui três filhas e acumula medalhas em reconhecimento ao trabalho que desempenhou na PM.