Está programada ainda para esta semana a demolição de mais um quiosque em Londrina, que fica na esquina da Avenida São Paulo com a capela da Catedral Metropolitana, no centro. No local, que está fechado há cerca de quatro meses, eram comercializados produtos alimentícios, como pastéis e sucos.
O problema, no entanto, segundo o assessor executivo da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Agnaldo Rosa, são as pessoas que ficam ao redor da barraca, vendendo produtos usados. "Temos denúncias de que ali é um ponto de prática de outros crimes. Há pessoas, não todos, que vendem objetos furtados ou roubados", afirmou Rosa ao Bonde.
O assessor disse que conversou com a nova "proprietária" do quiosque e a convenceu a desistir do negócio. Ela teria comprado a barraca por R$ 8 mil. O antigo dono desapareceu. "Ela pôs o ponto à venda, mas explique para ela que como se trata de uma área pública, aquele quiosque não pode ser vendido, sob pena do cometimento do crime de estelionato, por exemplo", disse Rosa. "Ainda esta semana devo me encontrar com ela para pegar as chaves e fazer a demolição".
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Usados
Entre 40 e 50 vendedores utilizam a jardineira de uma árvore, no fundos da barraca, para vender objetos usados, como rádios, controles remoto de televisão e outros aparelhos eletrônicos, telefones celulares e relógios. Na manhã desta segunda-feira (21), no entanto, por causa da chuva, havia apenas uns 10 homens. "Muita gente vem aqui todo dia para vender suas coisas", afirmou ao Bonde José Valmir, 48 anos, que disse trabalhar há 6 no local. "Tem gente que está aqui há 30 anos".
Segundo Valmir, a retirada do quiosque não prejudicará os trabalhos dos vendedores. Ele acrescentou ainda que jamais o grupo foi "incomodado" por fiscais da CMTU para que cessassem a atividade no local.
Outras demolições
Uma das primeiras demolições realizadas na administração de Barbosa Neto (PDT) foi a da lanchonete "Rangus", construída no estacionamento do Zerão, onde é realizada a Feira da Lua. Hoje, lá, só há a base do antigo quiosque. "A intenção é deixar a cidade limpa e acessível para todos, retomado todas as áreas públicas para o domínio do município".
No último mês, a prefeitura começou a notificar donos de traillers que ficam estacionados em pontos fixos da cidade, uma vez que seus donos têm autorização apenas para o período entre 20 e 2 horas da madrugada. Cerca de 280 comerciantes estão nesta situação.
A investida também já foi adotada contra os vendedores de lanche ao lado do Terminal Urbano de Londrina. Dos 18, 10 permanecem no local. A lanchonete Chope Grill, no Calçadão da Avenida Paraná, também deve ser retirada.