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Tribunal do júri

Luizinho é condenado a 19 anos pela morte de Amanda Rossi

Marco Feltrin - Redação Bonde
01 nov 2012 às 04:27

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O Tribunal do Júri condenou Luiz Vieira da Rocha, o Luizinho, a 19 anos de prisão pela morte da estudante Amanda Rossi, em outubro de 2007, no interior do campus da Universidade Norte do Paraná (Unopar). A maioria dos jurados entendeu que o réu cometeu homicídio triplamente qualificado e por motivo torpe, mediante promessa de recompensa.

A condenação é menor do que a aplicada aos outros dois apontados no crime. Alan Aparecido Henrique e Dayane Azevedo, que foram condenados a 21 e 23 anos de prisão em julgamento realizado há um ano e um mês.

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A sessão começou por volta das 9h, e o veredito da juíza Elizabeth Kater foi dado após às 3h30 da madrugada, ultrapassando 18 horas de julgamento.

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Com a condenação dos três acusados de cometer o crime, segue o questionamento de quem teria mandado matar Amanda Rossi. O processo corre em segredo de justiça, e o inquérito policial estaria em fase de conclusão.

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Ao fim do julgamento, o pai da vítima, Luiz Rossi, contrastava o cansaço e a satisfação em ver a justiça cumprida. "Vencemos mais uma batalha, mas ainda não acabou. A sensação de justiça alivia, mas queremos ver o mandante atrás das grades".


Para a promotora Suzana Lacerda, responsável pela acusação, a pena de 19 anos para Luizinho foi compatível. "Por entender que a conduta de quem atacou e esganou a vítima foi mais grave, a pena foi equânime", avaliou.

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Acusação


Durante o período reservado para acusação, a promotora Suzana Lacerda manteve a versão apresentada pelo Ministério Público no primeiro julgamento do caso. "Se o Ministério Público entendesse que não houve culpa, pediria a absolvição do réu".

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Em meio à explanação, a promotora fez um paralelo com o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que cada um teria um papel no crime. No entendimento do MP, Luiz deu cobertura ao crime na casa de máquinas da Unopar. Dayane atraiu Amanda até a casa de máquinas e a atacou com um objeto contuso-perfurante, enquanto Alan esganou a vítima até a morte.


"O Luiz não sujou as mãos. Alan, amigo de infância dele, sujou", disse a promotora.

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Defesa


A defesa de Luiz Vieira da Rocha foi feita pela irmã dele, a advogada Cássia Vieira da Rocha. Ela mostrou imagens da casa onde foi realizada a festa em que estariam os réus no momento do crime. Como argumento, apontou que o delegado, autoridade policial responsável por investigar o caso, não apresentou nenhuma prova que incriminasse Luiz. "Prenderam Luiz com base apenas em uma declaração da Dayane", contestou.

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Após questionar vídeos apresentados pela defesa, Cássia foi confrontada pela promotora. "Quem atuou no começo como testemunha e agora está na defesa é a senhora", disse Suzana.


Cássia continuou a argumentação explorando a confissão de Luan Silva Freitas, preso dois meses após o crime, mas solto dois meses depois. A investigação concluiu que as provas apresentadas por ele eram forjadas. Os investigadores levaram Luan até a sede da Unopar na PR-445 e ele confirmou que o crime teria ocorrido ali, quando na verdade ocorreu no campus do jardim Piza.

"Ter ido na Unopar errada foi uma ‘pegadinha’ dos policiais. Ele não era daqui, não tinha como conhecer. A pressa para apontar culpados delineou a investigação de forma equivocada. Não há qualquer prova nos autos da participação dos três".


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