Os pais dos portadores de necessidades especiais atendidos pelo Centro Ocupacional de Londrina (COL) farão uma passeata na quinta-feira, pedindo o fim da intervenção da escola. A passeata sairá do COL, na Rua das Açucenas, Jardim Colina Verde, zona sul, às 13 horas.
Eles também estão colhendo declarações individuais do próprio grupo, afirmando que funcionários afastados do Centro não estariam agredindo os alunos. O COL está sob intervenção, determinada pela Justiça, por causa de denúncias de algumas mães de que seus filhos estariam sendo agredidos.
A manifestação foi agendada durante reunião realizada na manhã desta segunda-feira, na sede do COL. Cerca de 70 pais participaram do encontro, que tinha como principal objetivo escolher um representante do grupo para acompanhar o trabalho das três interventoras convocadas pela Justiça.
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''A sugestão foi da promotora Édina Maria de Paula, que pediu que encaminhássemos um nome para a Vara de Infância de Juventude. Decidimos também formar uma comissão com três representantes para acompanhar mais de perto este assunto'', disse a professora aposentada Mercedes Fabre, 53 anos, uma das escolhidas do grupo.
A entidade conta com 133 alunos especiais e, segundo os participantes da reunião, mais de 120 pais teriam declarado publicamente serem contra a intervenção, mantida desde o dia 12 deste mês.
A promotora da Vara da Infância e Juventude, Édina Maria de Paula, elogiou a definição do representante e disse que aguarda ser informada ''oficialmente'' do resultado da reunião. Sobre a mobilização, ela disse ''é um direito dos pais, desde que não coloquem em risco a vida dos filhos''.
Foram afastadas a diretora Rosângela Marques Busto, a presidente Júlia Busto e quatro funcionárias. Segundo informações do advogado da Rosângela, Mauro Viotto, teria havido ''confusão quanto às ações tomadas'' pelas funcionárias. ''Foram procedimentos normais e previstos no tratamento (dos alunos). Estamos colhendo material para entrar com a apresentação da defesa e o pedido de reconsideração junto ao juiz'', disse Viotto, que tem até quinta-feira para apresentar o recurso.
O advogado ressaltou que a direção afastada não teria qualquer relação com a mobilização dos pais.