Londrina

Medo de consumidores deve atrasar normalização de gás em Londrina

04 jun 2018 às 11:36

O medo de uma nova paralisação dos caminhoneiros deverá atrasar a normalização da entrega de gás de cozinha em Londrina. De acordo com Sandra Ruiz, presidente do Sinegas (Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo), 50% das entregas nas revendas estão normalizadas e somente em uma ou duas semanas todos os locais estarão com 100%.


"O problema é que os caminhões chegam nas revendas e, logo na sequência, os botijões são vendidos rapidamente pois a população está comprando em grandes quantidades com medo de uma nova greve. Há locais que houve limitação de venda de gás de cozinha, entretanto, não há um uma restrição ou lei que proíba o consumidor de comprar vários botijões", afirmou.


Boatos de uma nova paralisação circularam pelas redes sociais e WhatsApp no final de semana, o que desmentido pelas polícias rodoviárias e até pela liderança da categoria dos caminhoneiros na região de Londrina.

Conforme Sandra Ruiz, a logística do setor é complexa e por causa da grande demanda está difícil fazer o reabastecimento. "A maioria das distribuidoras faz o envase dos botijões em Araucária, região metropolitana de Curitiba. O produto precisa ser transportado por caminhões autorizados, que cumprem as normas de segurança exigidas pela Agência Nacional do Petróleo. Esses veículos saem carregados de cascos vazios das bases e retornam com os botijões cheios. Mas o que chega aos pontos comerciais já sai imediatamente", comentou a representante do setor.

Segundo dados do sindicato que representa os revendedores de 229 municípios paranaenses, em 10 dias de bloqueios nas rodovias, os comerciantes deixaram de vender quase 306 mil botijões de 13 quilos. "O prejuízo que tivemos passa de R$ 21 milhões de reais. Os empresários tiveram que baixar as portas por pelo menos uma semana porque os estoques estavam zerados", finalizou.


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