Moradores do Jardim São Marcos, na zona sul de Londrina, sofrem com a falta de infra-estrutura básica. O nome de santo e o ''jardim'' dão a impressão de que é apenas mais um bairro da cidade, mas o local nada mais é que um assentamento, com água e luz, mas sem coleta de lixo, rede de esgoto, asfalto e transporte público. O maior problema é a falta de rede de esgoto, que corre a céu aberto, podendo provocar doenças como verminoses, hepatite, diarréias e alergias. Cerca de 190 famílias moram no local desde 1997.
De acordo com o gerente de Vigilância Sanitária de Londrina, Marcelo Viana de Castro, o acúmulo de lixo nas laterais do bairro também é fonte de preocupação, já que serve de local de procriação para moscas, ratos e baratas, vetores transmissores de doenças. ''Com relação ao esgoto, a única solução mesmo é a construção da rede, mas a questão do lixo pode ser resolvida com alguma medida alternativa, como a colocação de uma caçamba, para que, pelo menos, o lixo não fique exposto e seja recolhido de tempos em tempos'', explicou. Ontem (17/08), quando a reportagem da Folha esteve no local, uma vaca comia restos de lixo num terreno baldio.
O presidente da associação de moradores, Marcos Aureliano Rodrigues, disse que cerca de 90% da população já deixou de pagar a mensalidade de R$ 10 para a Companhia de Habitação (Cohab) de Londrina. Segundo ele, o pagamento do taxa não traz nenhum benefício. Ele fala até em ligação clandestina à rede de esgoto.
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O presidente da Cohab, Carlos Eduardo Afonseca e Silva, informou que a rede de esgoto só pode ser feita em convênio entre o município e a Sanepar, mas que não há verba para isso. De acordo com o secretário de obras e vice-prefeito, Luís Carlos Bracarense, a localidade está incluída no projeto Habitar-BID, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, para investimentos em infra-estrutura básica.
Leia mais em reportagem de Chiara Papali, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste domingo