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Jardim Maria Lúcia

Moradores da zona oeste sofrem com mau cheiro, sujeira e barulho de porcos em carretas

Paulo Monteiro - Nosso Dia
11 dez 2017 às 09:37

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- Arquivo pessoal
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Os moradores reclamam do mau cheiro, da sujeira e do barulho. Segundo eles, o incômodo é causado pelas carretas carregadas de porcos, que debaixo do forte sol ou da chuva, ou até mesmo durante a noite e a madrugada, ficam estacionadas por até 50 minutos na avenida Antônio Capello, no Jardim Maria Lúcia, zona oeste de Londrina. Quem vive na via afirma que a situação é insuportável. Enquanto aguardam a liberação da empresa de alimentos de carne suína, as fezes dos animais ainda escorrem pelas carrocerias do veículo e se acumulam na rua, atraindo moscas e bichos.

"A situação é insalubre. Os porcos urinam, fazem cocô debaixo do sol forte e atraem os mosquitos. O morador não consegue se alimentar por causa do forte cheiro. Os bichos ainda gritam de dor e acordam quem dorme", diz Amanda Mazoli, que mora a poucos metros do portão. Ela diz que o bairro é residencial e que o procedimento pode ser ilegal. "A princípio só poderiam estacionar em área industrial. A antiga entrada ficava na outra rua (Walter Pereira), que pode até estar numa área industrial. Há um ano, passaram a usar o portão da avenida Antônio Capello, que está em uma área residencial. Aqui só há casas", reforça Amanda.

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Segundo ela, os caminhões não têm hora, nem dia para chegar. "De início, apareciam apenas três vezes por semana. Agora, não tem dia e chegam até de madrugada. Com maior frequência aos domingos e feriados", detalha. "Os caminhoneiros param em frente ao portão. Como o portão da empresa não é aberto rapidamente, eles continuam buzinando e depois estacionam na rua por 40, 50 minutos. Pedimos para retirarem os caminhões, mas os motoristas acham ruim", lamenta Amanda.

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Arquivo pessoal
Arquivo pessoal


O pedreiro Jair Anastácio destaca que as fezes dos animais escorrem pelas carrocerias da carreta e se acumulam na rua, atraindo várias moscas para o local. Outra moradora, que reside em frente ao portão, relata que os animais não são mortos na empresa da zona oeste. "Neste local apenas determinam o peso dos porcos. Eles são retirados novamente, transportados e mortos em outro lugar", detalha a moradora, que pediu para não ter o nome divulgado. Segundo ela, os caminhões também quebram as calçadas das casas ao manobrarem. Alguns moradores instalaram vigas em frente aos imóveis para evitar o avanço dos "brutos".

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Confira como reclamar


A reportagem enviou a situação para a Secretaria Municipal do Ambiente (Sema). A gerente de fiscalização da Sema, Graziella Santana Damante, informou que foi gerado o Protocolo SIP nº 87751/2017, que pode ser acompanhado pela população. "Além de abrir uma denúncia, nossos fiscais vão até o local monitorar a situação. Qualquer queixa deve ser encaminhada pelo telefone 3372-4770, de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h. Fora deste horário, o contato pode ser feito para a Guarda Municipal: telefone 153." Por meio de telefonemas, a reportagem também tentou ouvir a empresa alvo das reclamações, porém nenhum responsável foi encontrado para comentar a situação na última quinta-feira (7).


Segundo o médico veterinário Valmor Venturini, da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, a reclamação também pode ser formalizada pelo site da Prefeitura: www.londrina.pr.gov.br. "No lado esquerdo da página fica o ‘Fale com a Prefeitura Ouvidoria’. Ao clicar, o reclamante abre a página ‘Denúncia’. Nela poderá detalhar a ocorrência. O caso é avaliado e, caso seja de responsabilidade do município, a pasta recebe a solicitação e tem cinco dias para esclarecer o problema", explica Venturini.

As pessoas ainda podem se deslocar até a Vigilância Ambiental, na avenida Martiniano do Valle Filho, 480, região leste de Londrina. No local é possível registrar o protocolo de atendimento, entre 8h e 13 horas. O telefone da Coordenadoria de Saúde Ambiental é 3372 9407.


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