Movimentos sociais, sindicais e religiosos reuniram cerca de 200 pessoas na Concha Acústica de Londrina, na noite desta quinta-feira (30), para protestar contra medidas que ameaçam os direitos dos trabalhadores - entre elas os projetos de Lei 4330, que trata da regulamentação da terceirização e foi aprovado na Câmara dos Deputados na quarta-feira retrasada (22), e o 252/2015, do Paraná, sancionado nesta quinta pelo governador Beto Richa (PSDB). A proposta alterou o funcionamento do ParanaPrevidência, fundo dos servidores aposentados do estado.
"Geralmente promovemos uma celebração em homenagem ao 1º de maio, o Dia do Trabalhador, mas face aos últimos acontecimentos em Brasília e em Curitiba, resolvemos promover uma mobilização de reflexão. Precisamos pensar nos direitos trabalhistas que levaram anos para serem conquistados e hoje são atacados em todo o País", afirma a coordenadora da Cáritas Arquidiocesana de Londrina - braço da igreja católica que atua na defesa dos direitos humanos -, Márcia Ponce.
A mobilização começou às 9h desta quinta, no Calçadão de Londrina, se transformou em passeata por volta das 19h e terminou na Concha Acústica com gritos de ordem e discursos das lideranças presentes. Além de protestar pelos direitos trabalhistas, o grupo aproveitou para criticar a tramitação do projeto que pretende reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos e para pedir avanços na reforma política.
Leia mais:
Aniversário de Londrina terá atrações culturais; confira a programação
Da tradição do café ao cinema: os ciclos da economia de Londrina
Representantes do poder público e sociedade civil projetam futuro de Londrina
‘Londrina é uma cidade impressionante’, diz prefeito Marcelo Belinati
"Já vínhamos pensando em como seria a mobilização, mas depois de ontem [terça-feira], diante da truculência da polícia contra os professores [em Curitiba], decidimos acender velas e distribuir alimentos para pedir paz e refletir. Não é possível celebrar nada", finaliza Márcia.
