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Em frente ao salão da vítima

Após feminicídio de cabeleireira em Londrina, mulheres protestam por justiça

Jéssica Sabbadini - Especial para a Folha
20 fev 2024 às 08:37
- Jéssica Sabbadini - Especial para a Folha
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"Queremos justiça." A frase entoada por muitas vozes ganhou força na boca de pessoas que conheciam, trabalhavam ou se comoveram com a morte trágica da empresária Cláudia da Luz Maceu, 45, conhecida como Cláudia Ferraz. Morta a facadas pelo noivo, Arthur Henrique Rockenbach, 30, no dia 7 de fevereiro, a cabeleireira deixou três filhos e muitos sonhos para trás. Pedindo justiça por ela e tantas outras mulheres, uma manifestação foi organizada no início da tarde desta segunda-feira (19) em frente ao salão de beleza da vítima, na rua Goiás.


"Nós ficaremos em cima até o dia da condenação dele e ficaremos em cima para que ele cumpra toda a condenação", afirma Michele Piccoli, uma das organizadoras do movimento. Segundo ela, a partir do momento em que os homens que cometem feminicídio passarem a cumprir a pena, os crimes vão diminuir.

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"É fácil matar a mulher, eles ficam dois anos presos e saem por bom comportamento, então está muito fácil para eles. A gente não aguenta mais", reforçou. A manifestação começou por volta do meio-dia em frente ao salão da vítima e seguiria até a CCL (Casa de Custódia de Londrina), onde Rockembach está preso.

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A terapeuta sistêmica esclarece que uma das reivindicações do grupo é que o autor do crime seja transferido para Curitiba. "A gente sabe das posses da família dele e, para ele, está muito cômodo e confortável estar em Londrina", aponta.

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"Nós sabemos que ele cometeu esse crime porque quis e não por estar fora de si. Ele cometeu [o crime] porque queria matar a Cláudia", opinou, complementando que o assassinato foi premeditado, já que havia gasolina no local do crime.


Na última sexta-feira (16), o MP (Ministério Público) denunciou Arthur Rockenbach pelos crimes de homicídio qualificado e por fraude processual tentada, já que ele teria a intenção de colocar fogo na residência.

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Trabalhando com atendimento a mulheres vítimas de violência há 15 anos, Érica Chagas apontou que o caso pode trazer mudança na vida de muitas mulheres. “Que elas tenham coragem e procurem ajuda porque tem como sair da violência", reforçou.


A principal dificuldade, segundo Chagas, ainda é o fato de que as mulheres não enxergam que estão sofrendo violência, seja ela de qualquer tipo, já que elas são “culpadas” pelos parceiros e, dessa forma, não conseguem procurar ajuda.

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Ivonete Moraes da Silva, 59, trabalha há seis anos no salão de Ferraz, que ela definiu como uma pessoa que, além de patroa, era companheira e amiga. “Você chegava e ela sempre dava um bom dia sorrindo e com uma alegria de viver que contagiava a gente, a Cláudia era isso”, relembrou emocionada.


Após a tragédia, Moraes afirma que está "sem chão". “Será que nós, mulheres, não temos o direito de dizer que queremos ser felizes, que queremos ter família? Onde estão os nossos direitos?”, questionou, ressaltando que quando uma mulher morre assassinada, todas “morrem um pouco”.


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Mulheres voltam a cobrar justiça após feminicídio
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