O técnico em eletrônica Edilson Battini, 39 anos, está preocupado com o lixo produzido pela população de Londrina. Não apenas pelas consequências ecológicas (a degradação do meio ambiente) ou as econômicas. Dono do Pedacinho do Céu, uma chácara de três alqueires e meio, adquirida com esforço há dois anos, ele teme que o novo aterro sanitário do município em uma área vizinha, na localidade conhecida como Pedreira Expressa, zona Sul de Londrina (a caminho de Guaravera), acabe desvalorizando e trazendo prejuízo ambiental à sua propriedade e as dos vizinhos. A região sul foi definida pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) para a instalação da área onde será depositado o lixo produzido na cidade.
O técnico já foi cinco vezes à CMTU para descobrir se uma fazenda vizinha, que passou inicialmente por análise de solo e em seguida por medições, é o lugar escolhido para o aterro. A comunidade local está angustiada. Além do córrego dos Apertados, uma rede de alta tensão da Eletrosul também passa pelas propriedades. A região é boa para a agricultura. ''Se o ponto escolhido for esse mesmo, imagino que vou ser prejudicado, pois a estrada para lá passa pelo meu sítio'', lembra Edilson. ''Por que a população não pode saber qual o local escolhido?''
O presidente da CMTU, Wilson Sella, diz entender a preocupação do técnico. ''Eu também ficaria preocupado'', afirma, salientando que a localização do novo aterro sanitário não está definida. A audiência pública que irá oficializar a escolha do terreno, que terá 25 alqueires, deve ser realizada em abril ou maio deste ano. Mas, antes, o dono da área escolhida será procurado. A administração municipal também se dispõe a levar compensações físicas ao local que abrigar o aterro, como melhorias de pavimentação.
Leia mais:
Jornalista da Folha de Londrina ganha prêmio de Ciência e Tecnologia
Londrina Iluminação completa dez anos nesta terça
Com entrada gratuita, Londrina Mais Histórias começa nesta quinta no Parque Ney Braga
Londrina conta com mais de 500 oportunidades de emprego nesta semana
O atual aterro de lixo, na Estrada do Limoeiro, tem poucos meses de vida útil. Segundo o presidente da CMTU, o novo será construído para ter 25 anos de vida útil, com custo estimado entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões. O projeto está sendo desenvolvido há dois anos.
*Leia mais na edição desta quarta-feira da Folha de Londrina