As obras de ampliação do Aeroporto Governador José Richa, na zona leste de Londrina, chegaram a 82% de conclusão cerca de um ano após o início das ações no local. Segundo a CCR Aeroportos, o terminal aéreo passou de 8,4 mil m² para 12 mil m². As obras foram iniciadas em 24 de agosto de 2023 e têm previsão de entrega para novembro deste ano. De acordo com a empresa, R$ 185 milhões estão sendo investidos.
Entre as principais novidades estão a ampliação dos espaços de embarque e desembarque, o aumento de 150 metros na pista, além de 90 metros reservas que servirão de escape e a chegada de novas lojas parceiras.
Leia mais:
Nova opção de transporte, patinetes elétricos começam a funcionar em Londrina
Fim de semana será de tempo instável e com chuvas em Londrina e região
Escritor londrinense lança romance 'O Gringo do Bom Jesus'
Fórum Desenvolve Londrina lança Manual de Indicadores 2024
Rogério Guimarães, gerente de engenharia da CCR, pontua que a modernização no aeroporto visa, sobretudo, o aumento da segurança para os milhares de passageiros que embarcam e desembarcam em Londrina todos os dias.
"Um dos investimentos em infraestrutura consiste na melhoria da segurança operacional. Esse aumento de pista, com toda a estrutura de balizamento, e as áreas de escape também fazem parte do investimento pensado em segurança."
Juliano Duarte, gerente do aeroporto, conta que a ampliação de aproximadamente 3,6 mil m² também possibilitará o tráfego de aviões mais amplos no espaço. "A gente vai ter um novo pátio para viação executiva. No primeiro momento, será possível notar a diferença no número de pátios para as aeronaves, inclusive com aviões maiores. Atualmente, trabalhamos com grupos 1 e 2, que são aeronaves menores", explica.
Praça de alimentação e lojas
O gerente do aeroporto diz que a CCR já trabalha à procura de novos parceiros para compor a praça de alimentação e as novas lojas que o espaço vai comportar. "Vamos dobrar [o número de lojas]. A área comercial já está em fase de prospecção para trazer esses novos clientes para cá. O varejo é o nosso principal foco de ataque, para trazer lojas, souvenirs e diferenciais que não temos hoje", diz.
Entre as apostas para movimentar o setor alimentício do aeroporto, estão empresas presentes em shoppings do Brasil todo, segundo Duarte, que não deu mais detalhes.
Novos voos
O gerente também foi questionado sobre novos voos que poderiam ser disponibilizados pelo município com a modernização. Ele ressalta que isso não depende apenas da empresa que gere o espaço, mas sim de diversos fatores combinados.
"Trabalhamos para prospectar novos voos, mas não é um trabalho que fazemos sozinhos. Depende das companhias aéreas, que vão analisar o que o mercado tem a oferecer. Também depende dos governos, que podem enxergar algum atrativo para a região, além dos trades de turismo, que são importantes nessa união."
Mesmo que não seja possível, a princípio, resolver esta questão de maneira unitária, Duarte salienta que a administração do espaço atua buscando soluções. "Depende de todo esse alinhamento para trazer, mas a nossa equipe de planejamento já trabalha muito nas feiras do setor para oferecer o mercado de Londrina."
Custo x benefício
Guimarães, responsável direto pelas obras, afirma que, por mais que haja muitas reclamações de moradores locais pelos problemas que as obras trazem, todo o processo está sendo feito com base no diálogo.
"Sofremos com o tempo seco e isso nos leva a lavar as vias para diminuir a poeira. A gente promove diariamente essas limpezas. Nunca deixamos de atender essa demanda. Os transtornos passam, mas os benefícios ficam", diz.
Para não atrapalhar o tráfego aéreo, a pista está sendo mexida durante a noite e a madrugada, entre as 21h e 6h, quando não há operações com as aeronaves.
"Esse horário, que é seguro do ponto de vista operacional, permite a ação. Temos um canal
de comunicação com a população no sentido do incômodo, mas a gente não se omitiu em criar dispositivos provisórios que diminuíssem esse transtorno."
ILS
Anunciado recentemente como uma "novidade" em Londrina, o tão aguardado ILS (Sistema de Pouso por Instrumento, traduzido para o português) não faz parte das entregas previstas no pacote, isso porque, segundo Guimarães, "foge do escopo de atuação da empresa".
"Para o ILS, estamos fazendo toda o trabalho de infraestrutura. É uma implantação de responsabilidade de outras instituições ligadas à aviação. Tem um período previsto para a implantação e isso está em andamento. Com isso concluído, teremos uma condição mais adequada para pousos e decolagens aqui em Londrina", conclui o engenheiro.