A organização não-governamental (ONG) Canaã, nome novo da Associação dos Vendedores Ambulantes da Praça Rocha Pombo, de Londrina, fez hoje (4/8) ao meio-dia a inauguração simbólica do camelódromo da Avenida São Paulo, área central, doando uma banca para uma deficiente física. Rozelene Garcia ganhou da Ong a banca já instalada, mas como a maioria dos camelôs, só vai começar a trabalhar esta semana. Apenas 20% das 220 bancas estavam em atividade ontem.
Conforme Barbosa, existe uma lei federal que determina a doação de banca para deficientes físicos. No camelódromo da Avenida São Paulo a doação corresponde a 0,5% do total. A doação da banca para Rozelene Garcia, afirmou Barbosa, foi aleatória.
A Ong Canaã foi criada no lugar da associação dos camelôs, segundo o presidente Manoel Freire Barbosa, porque possibilita a aplicação de um estatuto mais moderno. Barbosa explicou que a Ong tem parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e com o Sebrae, para viabilizar a assessoria técnica e administrativa aos vendedores. Além disso, acrescentou Barbosa, a Ong vai criar escolas de alfabetização para os camelôs. A Ong investiu R$ 68 mil na construção do camelódromo e cada vendedor pagou R$ 312,00, divididos em três vezes. Com a instalação de portões e assoalhos, o valor total do camelódromo pode chegar a R$ 100 mil, conforme avaliação do presidente da Ong. Para estimular as vendas a diretoria vai investir em promoções. ''Vamos distribuir cupons, que darão direito a uma geladeira por mês'', informou Barbosa.
Barbosa fez questão de salientar que a estrutura do camelódromo, apesar de ser bem feita, é provisória. ''Tudo foi construído para dar segurança, mas o prazo para irmos para local definitivo é de seis meses'', disse Barbosa. As bancas, informou, são uma réplica de um camelódromo existente em Florianópolis (SC). Ele afirmou que a diretoria da Canaã pretende visitar alguns shoppings populares em cidades brasileiras como Natal (RN) e Fortaleza (CE), para conhecer as condições de funcionamento locais. O camelódromo definitivo, segundo Barbosa, deve ser instalado em área próxima ao Terminal Urbano de Transporte Coletivo, ou dentro do próprio prédio, caso ele seja descentralizado e desativado.