Londrina

Parentes de detentos protestam em Londrina pelo retorno das visitas presenciais

18 fev 2021 às 17:34


Familiares de pessoa encarceradas no norte do Paraná promovem na tarde desta quinta-feira (18) uma manifestação em frente à VEP (Vara de Execuções Penais), no Centro Cívico de Londrina, pleiteando o retorno das visitas presenciais nas unidades prisionais. Mulheres e parentes dos detentos não se encontram com eles pessoalmente desde o início da pandemia - no dia 13 de março, completará um ano da suspensão das visitas.

Vieram parentes de encarcerados de Arapongas, Apucarana, Cambará, Cambé, Cornélio Procópio e Rolândia. Com faixas, cartazes e buzinas, o protesto começou por volta das 15h e os manifestantes planejam manter-se no local até que sejam atendidos por alguma autoridade.


"Em outros Estados em que a situação da pandemia é mais grave que no Paraná, as visitas presenciais já voltaram. Por que não retorna aqui?”, questiona uma das organizadoras da manifestação. "Essa é nossa principal reivindicação. A opressão dentro das cadeias e penitenciárias sempre existiu, mas, com as visitas presenciais, diminui uns 70%”, diz a representante dos manifestantes.


De acordo com ela, desde 13 de março de 2020, a comunicação dos detentos com seus parentes se dá por meio de videochamadas de 20 minutos, com 15 dias de intervalo. Entretanto, as famílias reclamam que, algumas vezes, o sistema falha e a chamada não é completada. "As pessoas mais velhas têm mais dificuldade com a tecnologia e são ainda mais prejudicadas”, afirma.


A reportagem entrou em contato com o Depen (Departamento Penitenciário) do Paraná questionando se há previsão para retorno das visitas presenciais e quais as dificuldades encontradas para que isso se concretize. A resposta será incluída assim que houver retorno.


Em novembro, manifestantes de vários lugares do Paraná tentaram em Curitiba contato com as autoridades para pleitear o retorno das visitas presenciais e da chamada "sacola” - um pacote de itens feito pelos parentes que era entregue nas visitas. Desde o início da pandemia, o envio da sacola passou a ser feito obrigatoriamente por sedex, aumentando custos dos familiares.

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