A Polícia Civil confirmou, na tarde desta sexta-feira (1º), que irá apurar as circunstâncias do acidente que provocou a morte de uma trabalhadora de uma cooperativa de coleta seletiva de lixo. Na última terça-feira (29), Rosângela Ferreira Diniz, de 40 anos, caiu da Kombi que era conduzida pelo diretor da Ecorecin, Francisco Caetano Bittencourt Gomes da Silva, no sinaleiro que fica no cruzamento da rua Grafita com a BR-369, em frente ao Grêmio Literário e Recreativo Londrinense, na zona leste. Ela morreu na madrugada de quinta-feira (31), após passar quase dois dias internada no Hospital Evangélico - no prontuário, a causa do óbito é um traumatismo craniano grave. A Ecorecin coleta resíduos recicláveis a serviço da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).
Condutor da Kombi, Bittencourt afirmou não saber como Rosângela caiu do veículo, que estava parado aguardando a abertura do sinal. "Eu nem sei explicar como aconteceu. Estava dirigindo a Kombi, que estava parada no sinaleiro, quando ela levantou e caiu. Não sei como isso aconteceu. Em anos de trabalho foi o nosso primeiro acidente deste tipo. Infelizmente acidentes acontecem", lamenta.
Em seu relatório diário de ocorrências, o Corpo de Bombeiros registrou o acidente às 17h05 daquela terça. Segundo Bittencourt, naquele dia Rosângela chegou para trabalhar às 7h30 e havia encerrado seu expediente por volta das 16h30, como fazia habitualmente. No momento da queda, ela era levada para casa na Kombi, que não pertence à cooperativa e também transportava outros cooperados. "Ela permaneceu todo tempo consciente e conversando, os próprios socorristas disseram que a situação não era grave", afirma. A versão é condizente com o relatório dos bombeiros, onde há a anotação de que Rosângela havia sofrido apenas ferimentos leves.
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De acordo com o diretor, a Ecorecin prestou assistência à família de Rosângela. A trabalhadora estava há aproximadamente 20 dias na cooperativa e, ainda conforme Bittencourt, sua situação trabalhista estava regularizada, com carteira assinada e contribuições previdenciárias devidamente recolhidas. "É uma perda muito grande, nos feriu profundamente. Prestamos todo o auxílio à família, ajudamos em tudo que pudemos fazer e continuamos à disposição", diz.
Também procurado pela reportagem do Portal Bonde, o delegado Jaime José de Souza Filho, responsável pela Delegacia de Trânsito, informou que o irmão de Rosângela foi até a 10ª Subdivisão Policial (SDP) no início da tarde de quinta-feira (1º) para comunicar o óbito da trabalhadora e lavrar um boletim de ocorrência (BO). "Vamos instaurar o inquérito aqui na delegacia para apurar as circunstâncias da queda e apontar quais são as responsabilidades do motorista e dos demais ocupantes do veículo. A investigação e a instrução devem ser feitas em até 30 dias, que é o nosso prazo legal", explica. Segundo Souza, o caso poderá até mesmo ser encaminhado à Delegacia de Homicídios caso haja indícios de que Rosângela foi empurrada ou atirada do veículo por alguém.
A assessoria de imprensa da CMTU informou, durante a tarde desta sexta-feira (1º), ainda não ter sido notificada oficialmente da morte da trabalhadora terceirizada.