Pouco menos de 20 mulheres de policiais militares foram ontem para a frente do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Londrina, realizar um protesto pacífico. Elas permaneceram no local durante todo o dia e, como prometeram, nenhuma viatura foi impedida de entrar ou sair do batalhão. O comando do quartel foi deslocado para a sede do Corpo de Bombeiros, para prevenir um possível bloqueio, como aconteceu no protesto de maio. Nenhum incidente foi registrado.
A manifestação, segundo as mulheres, teve como objeto alertar o governo estadual para o cumprimento das reivindicações sobre o pagamento da gratificação PM/Especial e anistia aos PMs que participaram da paralisação. Segundo as integantes do movimento, o prazo, que já foi prorrogado a pedido do governo estadual, termina no dia 27.
O pouco número de esposas, explicou uma das integrantes, Neusa Maria dos Santos, não significa que o movimento enfraqueceu. "As demais mulheres estão em alerta e prontas para aderir ao movimento no momento oportuno", afirmou. De acordo com Neusa, um grupo de esposas está em Curitiba apoiando o movimento local e acompanhando as negociações com o governo.
Leia mais:
'Tenham orgulho da sua cidade', afirma Tiago Amaral, prefeito eleito de Londrina
Aniversário de Londrina terá atrações culturais; confira a programação
Da tradição do café ao cinema: os ciclos da economia de Londrina
Representantes do poder público e sociedade civil projetam futuro de Londrina
Uma das primeiras mulheres a ir para a frente do quartel, Daniela Orlando Simões, disse que o movimento, apesar de ter se desligado da Associação das Mulheres de Policiais de Londrina, está unido. Ivanir Alves da silva Gusmão, viúva há seis meses de um policial militar, falecido depois uma tentativa de suicídio, foi para o quartel prestar solidariedade às companheiras e está diposta a retornar, "se for preciso". O marido, que morreu aos 45 anos, depois de ter trabalhado por 23 anos na PM, deixou para ela uma pensão de R$ 800,00. A quantia, segundo Ivanir, é dividida entre entre ela e os filhos.
Amanhã pela manhã as esposas de policiais militares estarão no Calçadão do centro da cidade explicando para as pessoas os objetivos do movimento e buscando apoio da população para a causa.