Um raio, que caiu sobre Londrina há algumas semanas, teria estragado sete dos oito dispositivos usados pela Polícia Militar (PM) na gravação das ligações recebidas pelo número 190. Foi por isso que, de acordo com o porta-voz do 5.º Batalhão da PM, capitão Nelson Villa, a polícia não conseguiu gravar as ligações recebidas, na madrugada da última quarta-feira (24), do apartamento onde o empresário José Otaviano de Oliveira Ribeiro, de 69 anos, e sua mulher, Tathiana Name Colado Simão, de 36, foram encontrados mortos.
O casal foi localizado já sem vida durante a manhã da última quarta em imóvel localizado na Gleba Palhano, na zona sul de Londrina. A polícia trabalha com a hipótese de que o empresário tenha assassinado a mulher com dois tiros na cabeça e se matado depois. A não gravação das ligações feitas ao 190 prejudica o trabalho de investigação da Polícia Civil. "A gente não pode controlar a força da natureza. Tivemos o problema, mas garantimos que o relatório das ligações foi feito e já enviado para o delegado responsável pela apuração do crime", destacou o capitão da Polícia Militar.
O policial que atendeu às ligações também foi convocado para prestar depoimento, mas de acordo com a Polícia Civil, disse, na ocasião, não se lembrar de detalhes que poderiam ajudar nas investigações. A polícia espera, para a próxima segunda-feira (29), o resultado dos exames de necropsia. Enquanto aguarda, o delegado pediu a análise de um notebook, que foi encontrado quebrado no apartamento do casal, e das imagens do circuito interno do prédio onde os dois moravam. Outros envolvidos no caso, como o porteiro da edificação, também foram ou estão sendo ouvidos.
Leia mais:
'Tenham orgulho da sua cidade', afirma Tiago Amaral, prefeito eleito de Londrina
Aniversário de Londrina terá atrações culturais; confira a programação
Da tradição do café ao cinema: os ciclos da economia de Londrina
Representantes do poder público e sociedade civil projetam futuro de Londrina
Nelson Villa não soube informar quando é que os dispositivos para a gravação serão consertados. "Como o dinheiro é público e necessita de controle, precisamos fazer uma solicitação à Secretaria de Segurança e esperar pela contratação de uma empresa especializada em consertos do tipo", lembrou o policial, evitando estipular prazos.