A Secretaria de Gestão Pública conclui até o final deste mês a licitação para a restauração do prédio da Secretaria de Cultura. A reforma está interrompida desde o junho deste ano.
O município abriu uma licitação para alterações no prédio. No entanto, por se tratar de um imóvel histórico (construído pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas), a obra foi interrompida por possíveis prejuízos a estrutura original - a LSP Engenharia não tinha habilitação para restaurar o edifício. "Houve bom senso (em parar a obra)", limitou-se a dizer o secretário de Cultura, Leonardo Ramos.
O edital foi vencido por pouco mais de R$ 1 milhão. O contrato rescindido não gerou multa para a empreiteira. A fachada ainda exibe antigos azulejos da prefeitura e poucas letras da Secretaria Municipal de Cultura.
Leia mais:
'Tenham orgulho da sua cidade', afirma Tiago Amaral, prefeito eleito de Londrina
Aniversário de Londrina terá atrações culturais; confira a programação
Da tradição do café ao cinema: os ciclos da economia de Londrina
Representantes do poder público e sociedade civil projetam futuro de Londrina
O imóvel está cercado por velhos tapumes, colocados depois que alguns moradores de rua entraram no local. A segurança no local, segundo o secretário, é feita por um funcionário terceirizado da Force Força e Vigilância há três meses. Além disso, uma corrente e o aviso "proibida entrada de pessoas estranhas" também tentam afastar os invasores. Os restos de construção podem ser observados da rua, assim como o mato.
De longe, não é o que o renomado arquiteto idealizou para o ambiente que já abrigou a Casa da Criança, Secretaria de Educação e, posteriormente, Cultura. Artigas também foi responsável pela Rodoviária (atual Museu de Arte), o primeiro prédio comercial de Londrina (AutoLon) e o Cine Teatro Ouro Verde.
A expectativa é que a restauração no prédio seja retomada no início do ano. "Estamos finalizando a licitação. Acredito que nesta semana volte da Procuradoria. Já está na fase final para reabrir e reiniciar a obra no início do ano", explicou Ramos.