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Mulheres em alerta

Relatos de assédio preocupam frequentadoras da Biblioteca Municipal

Ludmila Hernandes - Redação Bonde
24 nov 2016 às 17:12
- Ricardo Chicarelli/Grupo Folha
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Na tarde da última quarta-feira (23), ocorreu um caso inusitado na Biblioteca Pública Municipal Pedro Viriato Parigot de Souza, na região central. Frequentadoras do local estariam sendo assediadas por um homem, e uma mulher teria sido perseguida por ele logo após sair da biblioteca.

O caso foi imediatamente relatado à diretora da biblioteca municipal, Leda Maria Araújo, que mostrou preocupação com a situação que já acontece há algum tempo.

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"Já ouvi outras reclamações de frequentadoras, que dizem ser observadas pelo homem que finge estar estudando, chegando a segui-las, inclusive fora do local. Não tive qualquer tipo de contato com ele, mas ele me ameaçou dizendo que amassaria meu carro, que estava estacionado na rua", contou Leda.

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O suposto assediador, um homem de 38 anos, alegou que foi vítima de preconceito, e que foi expulso do local enquanto estudava, já que os funcionários e a própria diretora não estariam contentes com a sua presença. Em uma ligação para o Portal Bonde, na tarde de quarta, ele reclamou do acontecido, mas não deu mais detalhes.

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O coordenador da biblioteca, Guilherme Yung Wing Li, confirmou o comportamento estranho do homem e disse que chegou a ajudar uma frequentadora que saiu do lugar e foi perseguida até a Catedral Metropolitana pelo rapaz. Ele contou que as câmeras de segurança do local registraram com nitidez o jeito estranho do indivíduo.


Uma vítima, que preferiu não se identificar, descreveu como o rapaz utiliza a biblioteca. "Ele age estranho, muda de lugar a toda hora e fica dando voltas em torno das mesas. Percebi ele fingindo estar lendo, mas na verdade estava me assediando e fazendo o mesmo com outras meninas. Decidi ir até a diretora para contar o que estava acontecendo. Não é a primeira vez que sou perseguida por ele", apontou.

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O homem se movimentaria por todos os setores da biblioteca, sentando-se em vários lugares e fingindo estar lendo alguma obra. No entanto, segundo reclamações, ele se disfarçaria por trás dos livros para assediar as mulheres, encarando-as de forma inadequada.


A vítima disse ainda que deixou de frequentar a biblioteca municipal durante duas semanas, na esperança de que ele não fosse mais lá, o que não funcionou.

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A secretária de Cultura do município, Solange Batigliana, tomou conhecimento do caso por meia da diretora da biblioteca, e considerou o acontecido como sendo assédio a adolescentes, o que, segundo ela, "seria muito grave".


"A história não chegou a mim como sendo um caso de expulsão, mas sim, de assédio. Funcionários também já perceberam o modo de agir do rapaz. A biblioteca municipal é um lugar público, equivalente a uma praça. Ninguém pode ser expulso de lá", afirmou.


A secretária ainda relembrou um outro episódio envolvendo o moço. Ela diz existir uma representação no Ministério Público contra um guarda municipal. Ele teria se sentido perseguido pelo integrante da Guarda. A reportagem tentou contato com a Guarda Municipal e foi informada por um ouvidor de que o órgão desconhece o caso.

Solange disse que vai entrar em contato com a Secretaria Municipal de Defesa Social para que alguma providência seja tomada.


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