O setor de Call Center está em franca expansão em Londrina. As projeções para o próximo ano indicam que as empresas devem dobrar seu faturamento, assim como o número de postos de trabalho. Hoje as empresas que prestam serviços como centrais de atendimento empregam perto de três mil funcionários. A previsão é que este número chegue a seis mil já em 2008.
Mauro Viecili, presidente da Companhia de Desenvolvimento de Londrina, explica que existe uma tendência de crescimento. ''As negociações em andamento, na busca de investimentos e geração de novos empregos em Londrina, apontam para um salto de 100% no volume de novos empregos e no faturamento das empresas''.
Três pontos podem ser destacados como os principais motivos para que novas empresas invistam na cidade. O primeiro é a grande base para capacitação de profissionais. A cidade conta com 14 faculdades, onde estudam aproximadamente 30 mil alunos. ''É a base para a mão-de-obra propícia das empresas de call center'', conta Viecili.
Leia mais:
Livre Teatro estreia novo espetáculo em Londrina neste final de semana
Londrina EC promete ter até 15 reforços para disputar o Campeonato Paranaense
Quarta-feira será de tempo instável e temperatura amena em Londrina e na região
Confira o cardápio do Restaurante Popular de Londrina desta quarta-feira
Outro fator é que os habitantes de Londrina têm uma forma de expressão universalizada, sem o sotaque carregado de regiões como as de Porto Alegre (RS), Recife (PE), São Paulo (SP), Salvador (BA) ou Rio de Janeiro, só para ficar com alguns exemplos.
Isso significa uma melhor qualidade do atendimento. ''Para esse tipo de serviço, é importante que as pessoas não identifiquem a origem da ligação. É um fator que contribui para um melhor atendimento'', explica Viecili.
E finalmente, o que faz o investidor se decidir por Londrina é a alta produtividade dos profissionais que atuam nas centrais de atendimento da cidade. É a melhor do Brasil, quando comparada com outros centros.
No momento, as empresas do setor estão buscando uma multidiversidade das operações. Ou seja, podem desenvolver serviços para empresas de diversos segmentos. Um exemplo é a ASK!, companhia vinculada inicialmente à Sercomtel, mas que hoje atende clientes como a Hussman ou a Sandoz.
Plínio de Melo Faria, diretor de operações da ASK!, conta que a empresa está ''buscando um aprimoramento tecnológico para atender a demanda que está se criando no mercado. Hoje existe uma tendência de se buscar a qualidade do atendimento. E a solução mais viável é terceirizar o serviço, buscando um especialista no setor, com competência comprovada''.
A ASK! Conta hoje com 700 funcionários. E a previsão para 2008 é aumentar em 100% o número de postos de trabalho. ''Temos condições até de recrutar pessoas dentro do programa Primeiro Emprego. Esse pessoal precisa passar por treinamento. E nós podemos fazer isso''.