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Saúde pública

Superlotada e quente, carceragem do 4º DP tem surto de doença de pele

Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
10 nov 2017 às 13:58
- Reprodução/Google Maps
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Com o retorno do tempo quente e úmido, uma onda de doença de pele afeta os detentos da carceragem do 4º Distrito Policial de Londrina. Segundo a Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Londrina, o problema é recorrente e reflexo das más condições dos colchões e da superlotação. Segundo o Bonde apurou, a carceragem tem capacidade para 34 detentos, mas abriga 105. O local foi palco de uma fuga de oito detentos no fim de outubro.

A carceragem é um local de detenção provisória para presos que aguardam transferência em definitivo para outra unidade prisional. Segundo o padre Edivan Pedro dos Santos, há dez anos na Pastoral Carcerária, as doenças de pele ocorrem sempre que as temperaturas sobem e em várias unidades prisionais. "O problema são os colchões velhos e cheios de bichos. E o pior não é ter surto, mas também não ter médicos, não ter medicamentos, não ter providências por parte do Estado", lamenta. Ainda de acordo com ele, durante períodos frios, os detentos são acometidos de doenças pulmonares, como pneumonia e tuberculose.

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Além da falta de cuidados médicos e de condições de convivência dos detentos, também preocupa a pastoral carcerária o cuidado com os servidores públicos, que podem ser acometidos das mesmas doenças e até transmitir para seus familiares. "O pessoal da Sesp (Secretaria Estadual de Segurança Pública) até tem se esforçado, mas a situação exige o fechamento da carceragem, como ocorreu com o 5º DP e o 2º DP", opina.

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Reprodução/Whatsapp/Grupo Folha
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Reprodução/Whatsapp
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O Centro de Direitos Humanos de Londrina (CDH) e a Comissão de Direitos Humanos da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) confirmam o estado preocupante da carceragem do 4º Distrito e buscam a desativação junto ao Ministério Público. "É uma situação deprimente e o Estado não consegue dar conta de resolver, empurra com a barriga e persegue os sindicatos e os trabalhadores do sistema prisional", afirma Carlos Henrique Santana, do CDH.

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Em uma nota lacônica, a Sesp informou que "tomou conhecimento da situação e vai tomar as medidas cabíveis".


Ajuda aos detentos


A Pastoral Carcerária de Londrina promoveu um auxílio emergencial aos detentos do 4º DP, nesta quinta-feira (9), com produtos de limpeza e remédios, para amenizar a situação, mas promove arrecadação de produtos de limpeza e medicamentos para doação para os prisioneiros. "Além disso, se tiver algum médico ou outro profissional da saúde disponível para fazer um trabalho voluntário, ou algum outro serviço público, seria de grande ajuda", afirma o padre Edivan. Para entrar em contato, o telefone é o (43) 3328-7923.

(Colaborou Rafael Machado, do Grupo Folha)


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