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Superlotação

VEP estuda interdição no 2º Distrito em Londrina

Redação - Folha de Londrina
03 set 2003 às 20:16

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O juiz-corregedor de Londrina e da Vara de Execuções Penais (VEP), Roberto do Valle, poderá decretar a interdição da carceragem do 2º Distrito Policial (DP), e definir um número máximo de detentos no local, construído para abrigar 68 presos.

Oficiais de Justiça entregaram nesta quarta-feira ao juiz o relatório da vistoria, realizada na semana passada, nas carceragens do 2º e do 4º DPs, atendendo solicitação da Associação dos Advogados Criminalistas de Londrina (Acrilon).

O juiz esclareceu que o relatório será encaminhado ao promotor público, que terá três dias para se manifestar se concorda ou não com a interdição na carceragem. Em seguida, o documento retorna ao juiz, que dará a palavra final sobre o assunto.

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No caso de interdição, os excedentes, atualmente são mais de 210 detentos no local, serão transferidos para outras carceragens. A questão a ser resolvida é que não existem vagas na região de Londrina. ''Isso não é problema meu'', ressaltou Valle.

Apesar de não ter lido o relatório, Roberto do Valle adiantou que não ficou satisfeito. Os oficiais não atenderam sua solicitação para apresentar os nomes de todos detentos que estão no 2º DP, principalmente daqueles que são mantidos nos corredores da carceragem, por falta de lugar nas celas. Pelo menos, 50 presos permanecem fora das celas, alguns por causa de rixa com outros detentos.

Os oficiais também não quiseram falar sobre o relatório. Entretanto, pelo que foi apurado pela reportagem, foram constatados vários problemas nas duas carceragens. Os principais, talvez, sejam a falta de segurança nas travas das celas e a superlotação, que, segundo os oficiais, dificultaria o controle em caso de uma possível rebelião. ''Não tem qualquer condição de reação imediata por parte dos investigadores'', diz um trecho do relatório.

Outras falhas identificadas pelos oficiais dizem respeito à qualidade da alimentação servida aos detentos. De acordo com o relatório, a comida teria cheiro de azedo, além de haver excesso de água no fundo da marmitex, servida por uma empresa terceirizada, ao custo de R$ 2,55 a unidade. Foi constatada, ainda, a falta de higiene e de conservação das celas.


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