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Prostituição de adolescentes

Vítimas de exploração sexual eram procuradas nas escolas em Londrina

Guilherme Batista - Redação Bonde
23 fev 2015 às 16:46

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Marcelo Caramori - Anderson Coelho/Equipe Folha
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O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) concluiu nesta segunda-feira (23) mais três inquéritos contra os acusados de integrarem uma rede de exploração sexual em Londrina. De acordo com as investigações, cerca de 20 adolescentes mantiveram relações sexuais com os suspeitos no decorrer dos últimos seis anos. Conforme o delegado do Gaeco, Ernandes Cezar Alves, muitas das meninas estudavam juntas no colegial e eram procuradas pelas aliciadoras na saída das escolas.

Cada uma das adolescentes recebeu entre R$ 100 e R$ 2,5 mil por programa realizado. O valor médio pago a elas girava em torno dos R$ 250.

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São alvo dos três inquéritos concluídos hoje o fotógrafo e ex-assessor do Governo do Paraná, Marcelo Caramori, o policial civil Jefferson dos Santos, e o ex-delegado da Receita Estadual em Londrina, José Luiz Favoreto Pereira. O fotógrafo é suspeito de manter relações com quatro meninas (duas de 16 anos, uma de 14 e outra de 13 anos de idade). Ele foi indiciado por favorecimento à prostituição e estupro de vulnerável.

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Já o policial teria mantido relações com três vítimas de 14 anos, e o ex-delegado saído com quatro adolescentes (uma de 15 anos, outra de 16 e mais duas de 17 anos de idade). Os dois vão responder por favorecimento à prostituição.

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Saulo Ohara/Equipe Folha
Saulo Ohara/Equipe Folha - José Luiz Favoreto Pereira
José Luiz Favoreto Pereira


O auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, preso pelo Gaeco no dia 13 de janeiro em um conhecido motel da cidade, também é suspeito de integrar o esquema de exploração sexual. Ele foi detido na companhia de uma adolescente de 15 anos e, atualmente, responde a três denúncias do Ministério Público (MP).


O Gaeco finaliza outro inquérito, contra Souza e Marcelo Caramori, em que os dois são acusados de manter relações sexuais com uma menina de 14 anos. Ainda conforme as investigações, a dupla era cliente das meninas, mas, em algumas vezes, chegou a fazer o papel de aliciadores das adolescentes.


Aliciadora

Uma das aliciadoras do esquema, Carla de Jesus, de 19 anos, voltou ao Ministério Público (MP) nesta segunda-feira para formalizar o seu depoimento. A defesa dela tenta fechar um acordo de delação premiada com a Justiça para que a jovem ganhe liberdade provisória ainda hoje. Carla é irmã de uma das vítimas do esquema. (com informações da repórter Viviani Costa, da Folha de Londrina)


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