Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Pressão popular

Após quase 30 anos, Mubarak deixa o poder no Egito

BBC Brasil
11 fev 2011 às 14:52

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Após permanecer no poder por quase três décadas, Hosni Mubarak, de 82 anos, renunciou nesta sexta-feira à Presidência do Egito, após 18 dias de protestos nas ruas da capital, Cairo.

A renúncia foi anunciada na TV estatal pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman. Segundo ele, Mubarak entregou a responsabilidade de conduzir a nação a um alto conselho militar.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Durante praticamente 30 anos, Mubarak manteve-se no poder, tornando-se um aliado confiável dos EUA e de Israel na região, mas governando o Egito com mão de ferro, abrindo pouco espaço para a oposição interna.

Leia mais:

Imagem de destaque
Canine Collection

Louis Vuitton lança coleção para pets com casinha de cachorro a R$ 340 mil

Imagem de destaque
Direitos LGBTQIA+

Justiça de Hong Kong reconhece direitos de moradia e herança para casais do mesmo sexo

Imagem de destaque
Mais velho do mundo

Homem que nasceu no dia do naufrágio do Titanic morre aos 112 anos

Imagem de destaque
Pena máxima

França pede 20 anos de prisão a marido de Gisèle Pelicot, dopada e estuprada por dezenas de homens


Nascido em uma família humilde em 1928 em uma pequena cidade na província de Menoufia, perto do Cairo, Mubarak formou-se na academia militar egípcia em 1949 e entrou na Força Aérea do país em 1950.

Publicidade


Anos depois, acumulando os postos de comandante da Força Aérea e vice-ministro da Defesa, Mubarak teve papel fundamental no planejamento do ataque surpresa contra as forças israelenses na península do Sinai, dando início à guerra de Yom Kippur em 1973.


Sadat

Publicidade


Ele foi recompensado dois anos depois, quando, cedendo à pressão internacional, Sadat nomeou um vice-presidente, escolhendo Mubarak.


Em 1981, Sadat foi assassinado por militantes islâmicos durante uma parada militar no Cairo. Mubarak, sentado ao seu lado, escapou ileso.

Publicidade


Poucos imaginavam que Mubarak, então praticamente desconhecido, conseguiria se manter no cargo por tanto tempo quando assumiu o poder, oito dias após a morte de Sadat.


Apesar da falta de apelo popular e de um perfil internacional, ele criou uma reputação de estadista internacional com base na questão que resultou na morte de Sadat: a busca da paz com Israel.

Publicidade


Estado de emergência


Na prática, desde que assumiu o poder, Hosni Mubarak comandou o Egito como um líder militar. Ele governou o país com base em uma lei de emergência que restringia vários direitos dos cidadãos.

Publicidade


O argumento de seu governo era de que o controle total seria necessário para combater militantes islâmicos, cujos ataques têm como alvo, com frequência, o lucrativo setor de turismo egípcio.


Durante seu governo, Mubarak sobreviveu a pelo menos seis tentativas de assassinato. A mais séria foi o ataque ao carro presidencial logo após sua chegada à capital da Etiópia, Adis-Abeba, em 1995, para participar de uma cúpula de países africanos.

Publicidade


Sob a liderança de Mubarak, o Egito viveu um período de relativa estabilidade doméstica e desenvolvimento econômico, o que levou a maioria da população a aceitar sua permanência do poder.


No entanto, nos últimos anos, o presidente passou a sofrer, pela primeira vez, pressões por mais democracia. As demandas vinham do próprio país e também do seu aliado mais poderoso, os Estados Unidos.


Desde 1981, Mubarak venceu três eleições como candidato único, mas o quarto pleito convocado por ele, em 2005, após forte pressão dos Estados Unidos, teve as regras alteradas para permitir candidaturas rivais.


Críticos dizem que a eleição foi manipulada para favorecer Mubarak e seu partido, o Partido Nacional Democrático (NDP, na sigla em inglês).


Uma nova eleição estava marcada para o próximo mês de setembro. Após o início dos protestos, em janeiro, no entanto, Mubarak anunciou que não concorreria à reeleição.


Vida pessoal


Mubarak mantinha sua vida particular longe do domínio público. Ele não fuma, não bebe e é conhecido por levar uma vida regrada e saudável, com uma rígida rotina diária que tem início às 6h.


No passado, amigos e colaboradores próximos reclamavam da rotina do presidente, que começava com uma sessão na academia ou um jogo de squash.


Mubarak é casado com Suzanne Mubarak - de ascendência britânica, formada na American University, no Cairo - e tem dois filhos, Gamal e Alaa.


A duração de seu governo, sua idade e a questão de sua sucessão eram temas delicados no Egito.

Os rumores a respeito da saúde do presidente aumentaram quando ele viajou para a Alemanha, em março de 2010, para se submeter a uma cirurgia na vesícula.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo