O advogado da família Staheli, João Mestieri, levantou nesta terça a hipótese do assassinato do casal norte-americano Zera Todd Staheli e Michelle Davis Staheli ter relação com questões de trabalho de Zera Todd, executivo da Shell, que, antes de vir para o Brasil, trabalhou na Bolívia, Arábia Saudita, Ucrânia e Rússia.
"Isso (o assassinato) não é coisa de criancinha", disse o advogado, durante coletiva à imprensa, para explicar se os filhos mais velhos do casal, uma adolescente de 13 anos e um menino de 10 anos, irão participar da reconstituição do crime marcada para amanhã.
João Mestieri afirmou que é uma interpretação cômoda a suspeita de uma "pré-adolescente de 13 anos e um pirralho de 10 terem trucidado os pais". De acordo com o advogado, Zera Todd andava contrariado em refazer alguns relatórios do trabalho, que nunca eram aprovados.
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O advogado destacou, entretanto, que não acredita em má-fé da polícia. Na sua percepção, as pistas que poderão levar ao criminoso estão fora da casa.
Mestierii sugeriu que o secretário de Segurança Pública, Anthony Garotinho, divulgue para os jornalistas o teor da conversa que teve ontem (8) com dois investigadores do FBI (a Polícia Federal americana) que acompanham o trabalho da polícia carioca para solucionar o crime.
Ele informou que vai se reunir ainda hoje com Garotinho para definir se os filhos do casal Staheli vão participar ou não da reconstituição do assassinato dos pais.
O advogado revelou que as crianças estão muito transtornadas com o que aconteceu. Zera Todd Staheli foi assassinado na madrugada de domingo (30), na casa onde morava num condomínio de luxo, na Barra da Tijuca.
Ao lado dele, a mulher, Michelle Davis, agonizava com vários ferimentos na cabeça. Ela foi socorrida e levada para o Hospital Copa D'Or, mas morreu quatro dias depois.