O Brasil caiu uma posição e ficou em 52º lugar no ranking que mede a capacidade dos países de usar a tecnologia da informação para incentivar o desenvolvimento e a competitividade.
O Relatório Global de Tecnologia da Informação - que este ano analisou um recorde de 122 países - é elaborado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial.
O Brasil vem perdendo posições há quatro anos consecutivos. Em 2003, o país estava em 39º lugar. A Dinamarca é o país que lidera o ranking, seguida da Suécia e Singapura. Os Estados Unidos, que estavam em primeiro lugar no ano passado, caíram para a sétima posição.
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Em entrevista à BBC Brasil, a co-autora do estudo, Irene Mia, disse que a queda do Brasil no ranking se deve principalmente a dois fatores. Em primeiro lugar, "o Brasil sofre de um problema comum, que é o excesso de regulamentação do mercado, o que dificulta, por exemplo, a abertura de novos negócios".
Outra causa, segundo ela, é a qualidade do ensino, um problema que também afeta a América Latina em geral. "A qualidade da educação é muito importante para o surgimento de inovações e para a criação de mão-de-obra qualificada para o setor de tecnologia da informação", disse Mia.
América Latina em alta - A queda brasileira vai contra a tendência geral da América Latina, com países como o México (49º), Argentina (63º) e Peru (78º) tendo subido várias posições.
O Chile se manteve em primeiro lugar entre os países latinos, no 31º lugar, mas caiu oito posições em comparação ao ano passado. "A melhora geral da região pode ser atribuída em parte aos resultados do aumento da ênfase em estratégias de tecnologia de informação e comunicação incluídas nas agendas políticas da maioria dos países da região para reduzir a divisão digital e aumentar a competitividade", disse a co-autora do relatório, Irene Mia.
"É uma tendência muito encorajadora, mas ao mesmo tempo há uma série de problemas que precisam ser resolvidos para que o continente alcance regiões como a Ásia, Europa e os Estados Unidos", disse Mia.
Como no caso do Brasil, os outros países latinos sofrem com a baixa qualidade do sistema de educação. Além disso, "o setor privado precisa ter um papel mais ativo na área de pesquisa e desenvolvimento".