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IBGE

Cai concentração de terras no Paraná

Redação Bonde
22 dez 2007 às 09:45

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Resultados preliminares do Censo Agropecuário de 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados ontem (21), destacam a reversão da concentração de propriedades no Paraná. Pela primeira, vez desde a década de 70, o censo detectou uma inversão no declínio do número de propriedades rurais no Estado, que subiu de 369.875 imóveis para 373.238, o que corresponde a mais 3.363 propriedades no Estado.

Há mais de 30 anos o Paraná vinha passando por um movimento de concentração de propriedades e deslocamento de agricultores rurais, principalmente os mais pobres, em direção aos grandes centros urbanos. O censo agropecuário revela que entre o levantamento realizado em 1970 e 1995, houve a perda de 184.613 propriedades agrícolas no Estado.

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O resultado revelado nos novos dados do IBGE já era esperado pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, desde quando a pesquisa começou em abril deste ano. "O censo do IBGE confirma que o direcionamento das políticas públicas do governo do Estado voltadas à inclusão social no meio rural e ao fortalecimento da agricultura familiar vem apresentando bons resultados", observou.

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O censo aponta indicadores expressivos no Paraná como a ampliação na área de lavouras, de matas e florestas e também aumento na produção de leite e de aves. A área de lavouras no Estado cresceu de 5,1 milhões de hectares ocupados em 1996 para 8,09 milhões de hectares em 2006, um avanço de 3 milhões de hectares. Já o número de propriedades com lavouras passou de 327.097 para 340.122 no mesmo período.

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As áreas de pastagens, por outro lado, que ocupavam área total de 6,67 milhões de hectares e estavam presentes em 261.934 propriedades agrícolas, caíram para 5,73 milhões de hectares com presença em 214.793 propriedades agrícolas. Segundo o secretário, a queda na área de pastagens para bovinos reflete a diversificação e o avanço da área de cana-de-açúcar em áreas de pastagens degradadas.


Por outro lado, está crescendo a tecnificação nas propriedades da agricultura familiar, beneficiando as criações de animais de pequeno porte como aves e suínos. Na última década, o Estado desponta como primeiro produtor de aves, cujo plantel aumenta de 94,46 milhões de cabeças em 1996 para 280,64 milhões de cabeças. Na suinocultura, o plantel aumenta quase um milhão de cabeças na década, passando de 4,02 milhões de cabeças para 4,95 milhões de cabeças.

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O crescimento das áreas de matas e florestas no Estado foi uma das boas revelações do censo, disse o secretário Bianchini. A área passou de 2,79 milhões de hectares ocupados em 1996 para 3,17 milhões de hectares em 2006, um avanço de 380 mil hectares a mais ocupados com matas e florestas.


Pessoal no Campo

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Apesar do aumento no número de propriedades agrícolas, caiu o número de pessoas trabalhando no campo, o que revela uma tendência de famílias menores no campo e na cidade, disse Bianchini. No Paraná, o pessoal ocupado no campo caiu de 1,28 milhão de trabalhadores para 1,09 milhão de trabalhadores.


"Esses indicadores mostram a importância de fomento à produtividade das propriedades familiares como a mecanização, agroindústrialização dos produtos e cooperativismo", disse o secretário. Segundo ele, o agricultor familiar se ampara no associativismo para compra de tratores e para a agregação de valor a seus produtos.

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A redução do contigente populacional no meio rural não impediu o aumento da produtividade que avançou muito em setores expressivos da economia rural. É o caso da bovinocultura leiteira, onde caiu o número de produtores mas eles se profissionalizaram mais. Com isso a produção avançou de 1,35 bilhões de litros produzidos em 1996 para 2,04 bilhões de litros produzidos em 2006.


Os dados confirmam o Paraná com mais de 100 mil produtores de leite, que caracteriza a atividade leiteira que está presente na agricultura familiar.


Bianchini atribui esse desempenho à profissionalização do produtor graças a programas governamentais em capacitação dos agricultores familiares, assistência técnica no campo e crédito para custeio e investimentos. Outras políticas sociais e de desenvolvimento humano como a melhora das moradias, luz fraterna e agroindústrias estão contribuindo para a fixação das famílias no meio rural.

As informações são da Agência Estadual de Notícias


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