O cardeal que até recentemente era a maior autoridade católica na Grã-Bretanha admitiu neste domingo que teve uma conduta sexual imprópria e prometeu não fazer mais parte da vida pública da igreja. O cardeal Keith O''Brien tinha renunciado na segunda-feira a seu posto como arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, depois que um jornal publicou relatos de padres sobre seu comportamento inadequado.
Inicialmente, O''Brien negou as acusações e disse que sua renúncia tinha como objetivo não desviar as atenções do conclave que escolherá o novo papa. Porém, neste domingo a Igreja Católica da Escócia emitiu um comunicado no qual O''Brien admite que sua conduta sexual "ficou abaixo dos padrões esperados".
No comunicado, o cardeal pede desculpas às pessoas afetadas pela sua conduta imprópria, à Igreja Católica e ao povo escocês. "Agora, passarei o resto da minha vida em retiro. Não farei mais parte da vida pública da Igreja Católica da Escócia", disse.
Leia mais:
Louis Vuitton lança coleção para pets com casinha de cachorro a R$ 340 mil
Justiça de Hong Kong reconhece direitos de moradia e herança para casais do mesmo sexo
Homem que nasceu no dia do naufrágio do Titanic morre aos 112 anos
França pede 20 anos de prisão a marido de Gisèle Pelicot, dopada e estuprada por dezenas de homens
Em sua admissão de culpa, O''Brien não deu pistas sobre o que seria seu comportamento inapropriado.
Em 2003, como condição para ser promovido a cardeal, O''Brien teve de emitir uma declaração pública se comprometendo a defender os ensinamentos da igreja sobre homossexualidade, celibato e contracepção. Ele foi pressionado a fazer a declaração depois de ter pedido uma discussão ampla e aberta sobre esses assuntos.
À época, ele disse que havia sido mal interpretado. Na semana passada, porém, O''Brien disse em entrevista à BBC que o celibato deveria ser reconsiderado, já que não é baseado em doutrina mas em uma tradição da Igreja Católica. As informações são da Associated Press.