O chefe da Proteção Civil da Itália, Fabrizio Curcio, afirmou nesta quinta-feira (8), que muitos dos moradores das cidades atingidas pelo terremoto do último dia 24 de agosto na região central do país não querem deixar seus municípios.
De acordo com o italiano, atualmente as tendas ainda abrigam cerca de 4,5 mil pessoas, o que ilustra "uma dificuldade prática". "A 14 dias do tremor, a comunidade não está pronta para ir embora, porque eles são pessoas fortes e têm um grande sentido de pertencimento", explicou Curcio.
"Não estamos falando das 80 mil pessoas de Abruzzo ou dos 50 mil da Emilia-Romana, Vêneto e Lombardia", afirmou o especialista. Nas cidade de Accumoli, por exemplo, "existe a possibilidade de se passar a noite em San Benedeto del Tronto", mas já em Amatrice, onde foi registrado o maior número de mortes, "muitos preferem ficar, mesmo que já se esteja avaliando a ideia de utilizar algumas casas que continuam em pé", disse Curcio.
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O italiano também disse que "hoje, no 14º dia após o ocorrido, continua-se a escavar", por isso, é importante que as pessoas saibam que a Proteção Civil da península está "ainda em uma fase de operação de socorros".
Além disso, Curcio ainda comentou que o país já contou mais de 6 mil réplicas, "uma forte atividade [sísmica] que continua a pesar nas pessoas que vivem no local atingido pelo terremoto".
Sendo assim, para proteger a população de possíveis novos abalos, uma parte da estrada provincial 20 entre Retrosi e Prato di Amatrice foi interditada para o tráfego, com exceção dos veículos de socorro que passam pela região para salvar e curar vítimas do tremor.