O apresentador Gugu Liberato citou sua amizade com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), durante seu depoimento ao Deic nesta quinta-feira. O depoimento ocorreu por causa da entrevista forjada com falsos membros do PCC no programa "Domingo Legal", do SBT, no último dia 7.
Durante o depoimento, o apresentador afirmou ao delegado Roberto Pereira Matheus Júnior, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), que tem "muita amizade" com o governador e que fez "campanha para ele" nas últimas eleições.
O deputado Wanderlei Siraque (PT), membro da Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa de São Paulo, assistiu ao depoimento e disse à Folha Online que a menção ao governador foi "uma estratégia de Gugu e de seu advogado" para evitar que a polícia solicite uma acareação com com o produtor Hamilton Tadeu dos Santos, o Barney, e os atores Wagner Faustino da Silva, o Alfa, e Antônio Rodrigues da Silva, o Beta (Alfa e Beta são os homens que apareceram encapuzados na entrevista).
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Em seu depoimento, Gugu manteve a versão de que não sabia do conteúdo da matéria transmitida no programa "Domingo Legal", no último dia 7.
Dizendo-se "apenas" um funcionário do SBT , ele também responsabilizou a emissora pelo conteúdo exibido no "Domingo Legal".
"Sou apenas um apresentador, não tenho acesso ao conteúdo do programa, portanto a responsabilidade é do SBT", teria dito.
Ontem, a defesa de Gugu conseguiu evitar que ele fosse indiciado antes de prestar depoimento, como pretendia a polícia. O apresentador foi beneficiado por uma liminar do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais).
A decisão da Justiça, no entanto, não irá interferir no processo, segundo o promotor Roberto Porto, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
O inquérito serve apenas como base para a Promotoria, que analisará os supostos crimes cometidos por Gugu. O apresentador ainda poderá ser responsabilizado.
Governo - A assessoria de imprensa do governo de São Paulo informou que, como o caso está em investigação, o governador Geraldo Alckmin não se pronunciará sobre o assunto.
Informações da Folha Online