O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, defendeu hoje (22) a criação de chamadas "zonas de estabilidade", áreas de ajuda temporária para refugiados que eventualmente regressarão aos territórios recuperados na Síria e no Iraque.
A proposta foi apresentada pelos Estados Unidos durante uma reunião com representantes de mais de 60 países que compõem a chamada Aliança Global contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
"Os Estados Unidos irão aumentar a pressão sobre o Estado Islâmico e a Al Qaeda. Vamos trabalhar para estabelecer zonas intermediárias de estabilidade, com cessar-fogo, para apoiar os refugiados no processo de regresso ao país", afirmou Tillerson.
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Previsão
O secretário não deu maiores detalhes de como o país pretende criar as zonas. Ele informou que a proposta é implementar as zonas na próxima fase de combate ao Estado Islâmico.
Entretanto, não foi anunciada uma previsão de quando o projeto seria implentado, até porque isso depende de maior avanço das tropas e a retomada completa das áreas ocupadas pelos grupos extremistas.
O governo norte-americano já encomendou ao Pentágano um plano de ação para "exterminar" o Estado Islâmico. O tema é prioritário para o presidente Donald Trump, disse Tillerson.
Teste
"Sabemos que existem muitos desafios no Oriente Médio, mas derrotar o Estado Islâmico é o principal objetivo dos Estados Unidos", acrescentou o secretário.
A reunião da coalizão global contra o Estado Islâmico é realizada anualmente desde sua criação, em 2014. O encontro de hoje era considerado um "teste" sobre a capacidade conciliatória de Tillerson, em meio à países que têm divergentes opiniões sobre como atuar no conflito na Síria e Iraque.
Apesar do surpreendente anúncio sobre o plano de criar as zonas temporárias para refugiados, o documento final assinado pelos participantes não mencionou a criação das zonas, mas focou na prioridade coletiva de destruir completamente o Estados Islâmico.