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Fé católica

Frei Galvão está a um passo de virar santo

BBC Brasil
18 dez 2006 às 18:04

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O papa Bento 16 autorizou no sábado (16) o reconhecimento do segundo milagre atribuído a frei Galvão. É o último passo antes da canonização do frade franciscano, que deve se tornar o primeiro santo nascido no Brasil.

A decisão do pontífice deverá ser publicada como decreto pela Congregação para a Causa dos Santos nesta quinta-feira (21). Depois disso, o suposto milagre poderá ser divulgado.

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O frade Antonio de Sant’Anna Galvão já havia sido declarado beato pelo papa João Paulo 2° em outubro de 1998.

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"A promulgação do decreto significa que o frei será mesmo canonizado, mas falta o último passo que é o concistório público", explica a irmã Celia Cadorin, religiosa brasileira que representa, junto ao Vaticano, a causa da Diocese de São Paulo pela canonização do frade.

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O concistório é a reunião dos cardeais que compõem o colégio cardinalício, que deve ocorrer entre janeiro e fevereiro do ano que vem. Durante o encontro, o papa poderá anunciar a data da canonização.


Visita do papa - Segundo Célia Cadorin, a cerimônia pode ser em maio, durante a visita do papa ao Brasil. "Estamos torcendo, esperando por esta graça, que seria o milagre do milagre", declarou à BBC Brasil.

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Frei Galvão nasceu em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, em 1739. Ele viveu na capital entre 1762 e 1822, onde fundou o mosteiro da Luz e ficou conhecido por suas "pílulas", pedacinhos de papel que contêm uma oração para Nossa Senhora.


Segundo seus fiéis, a ingestão dos bilhetinhos tem o dom de curar pessoas com problemas renais e parturientes com dificuldades.

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"Ainda hoje há filas enormes no mosteiro da Luz, onde as freiras preparam as pílulas", diz irma Celia Cadorim.


A primeira santa brasileira é considerada madre Paulina. Ela nasceu na Itália e se mudou para o Brasil aos 10 anos de idade, em 1875, sendo canonizada pelo papa João Paulo 2° em maio de 2002.


No mesmo dia em que aprovou a canonização de frei Galvão, o papa Bento 16 autorizou também a promulgação do decreto que reconhece o martírio de outros três brasileiros.

São eles o sacristão de 16 anos de idade, Adilio Daronch, morto no Rio Grande do Sul em 1924, Albertina Berkenbrock, morta aos 13 anos de idade em Santa Catarina e irmã Lindalva Justo de Oliveira, assassinada em Salvador em 1993, aos 40 anos de idade. Os três serão beatificados no ano que vem, nas cidades onde viveram.


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