Depois de anunciado duas vezes neste governo, de sucessivos adiamentos e revisões de metas, o fornecimento de remédios para tratar dependentes de tabaco finalmente foi providenciado. O lote previsto para 2005 - suficiente para 40 mil fumantes - foi distribuído em novembro e dezembro para 225 municípios, segundo o Ministério da Saúde.
Em alguns locais, no entanto, nem folheto de propaganda do produto chegou. Muitos centros, entre eles o Incor - pioneiro neste tipo de atendimento - estão sem nenhum tipo de provisão.
A procura pelo remédio, no entanto, é grande. A fila de espera do tratamento, que prevê além de remédios a terapia comportamental, é de um ano. Os remédios hoje fornecidos são doados. Ou providenciados pelo hospital.
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Desde seu anúncio, o programa veio cercado de mudanças e percalços. O primeiro formato foi lançado em 2002. A idéia era credenciar centros de alta complexidade. A terapia incluía um medicamento antidepressivo usado para driblar a síndrome de abstinência, gomas de mascar e adesivos de nicotina. Cada serviço ficaria encarregado de comprar o remédio. O Ministério da Saúde faria o reembolso.
Em 2003, o governo lançou uma meta mais ambiciosa: o serviço seria oferecido no atendimento básico. A compra ocorreria via Ministério da Saúde.
Mesmo depois de todos os atrasos, o governo federal já providenciou a compra de remédios para este ano. Serão gastos R$ 25 milhões.