O chefe dos inspetores da ONU no Iraque, Hans Blix, disse ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que não foram encontradas armas de destruição em massa no Iraque.
Blix, entretanto, disse que Bagdá ainda precisa informar sobre o paradeiro de armas e substâncias proibidas - as maiores dúvidas dos inspetores dizem respeito a antraz, gás VX e mísseis de longa distância. "É prematuro concluir que eles existem, mas tal possibilidade não deve ser excluída.
O inspetor-chefe confirmou a existência de mísseis com alcance que excede 150 quilômetros, limite imposto ao Iraque pela ONU.
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Blix e o inspetor-chefe de monitoramento nuclear da ONU, Mohamed ElBaradei, apresentaram nesta sexta-feira seus relatórios à ONU.
Horas antes do início da reunião do Conselho de Segurança, o presidente iraquiano Saddam Hussein proibiu, por decreto, a fabricação e importação de armas de destruição em massa. A medida era uma exigência dos inspetores da ONU.
Blix questiona Powell - O inspetor-chefe da ONU questionou as supostas provas apresentadas ao Conselho pelo secretário de Estado dos EUA, Collin Powell, na tentativa de obter a aprovação para um ataque ao Iraque.
As imagens obtidas por satélite, segundo Blix, não significam necessariamente uma tentativa de Bagdá de esconder munições proibidas da equipe de inspetores.
Mohamed ElBaradei, o inspetor-chefe de monitoramento nuclear da ONU, disse ao Conselho de Segurança que seus inspetores não encontraram provas de atividades nucleares proibidas no Iraque.
Mesmo assim, pediu que Bagdá cooperasse de maneira plena e rápida para acelerar o processo de inspeções e disse que várias questões continuam a ser investigadas.
Ele também informou que os documentos apresentados pelos Iraque na semana passada sobre o programa nuclear após 1998 não continham novas informações que poderiam ajudar a responder dúvidas dos inspetores relacionadas ao projeto de armas nucleares do Iraque.
O relatório de Blix e ElBaradei é crucial para o Conselho de Segurança decidir se ampliará as inspeções ou autoriza uma ação militar contra Bagdá. França, Rússia e China, que têm poder de veto no Conselho, já se disseram contrários a uma guerra.
Mas analistas consideram a guerra inevitável, e acreditam que a questão colocada para o Conselho é decidir entre avalizar o ataque anglo-americano a Saddam Hussein ou assistir à declaração de guerra à sua revelia.
Leia mais sobre o relatório dos inspetores de armas no iG, site parceiro do Bonde.