Um juiz do Chile concedeu nesta sexta-feira (05) liberdade provisória para a viúva e cinco filhos do general chileno Augusto Pinochet, um dia depois de terem sido presos.
O juiz Carlos Cerda, que também havia determinado a prisão dos suspeitos, submeteu sua decisão à Corte de Apelações de Santiago, que vai decidir neste sábado se mantém a medida. Só depois os suspeitos poderão ser libertados.
Os familiares do general, que governou o Chile de 1973 a 1990 e morreu no ano passado, haviam sido detidos na quinta-feira juntamente com outros 17 aliados de Pinochet, que também devem ser beneficiados pela decisão desta sexta.
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Só o testamenteiro de Pinochet, Oscar Aitken, que não se entregou à Justiça, não recebeu o direito à liberdade provisória e continua sendo procurado.
Todos são acusados de ter desviado dinheiro público. A viúva e os filhos de Pinochet teriam transferido ilegalmente US$ 27 milhões para contas bancárias fora do Chile.
Direitos humanos
O juiz que determinou a prisão e a liberação dos suspeitos disse que há fortes indícios de que a família Pinochet e seus aliados desviaram verbas públicas durante os anos do general no poder.
Entre os suspeitos, além dos familiares de Pinochet, estão sua ex-secretária, Monica Ananias, seu advogado, Gustavo Collao, e pelo menos três generais da reserva.
Em 2004, um inquérito do Senado americano descobriu centenas de contas bancárias americanas em nome de Pinochet e seus parentes no banco Riggs, com sede em Washington.
Até morrer, em dezembro passado, Pinochet vinha sendo investigado por evasão de impostos, fraude e enriquecimento ilícito, além de violação dos direitos humanos. Apesar da morte, as investigações continuaram.
Acredita-se que mais de 3 mil pessoas morreram ou desapareceram durante o governo de Pinochet no Chile.