Em 2000, 5,8 milhões de brasileiros de 25 anos ou mais de idade tinham o curso superior concluído e proporção de brancos com este nível de ensino é 5 vezes maior que a de pretos, pardos e indígenas
A nova publicação temática do Censo 2000 sobre educação, realizada pelo IBGE, revela que, entre a população de 25 anos ou mais de idade (85,4 milhões), 5,8 milhões concluíram o curso superior (graduação, mestrado ou doutorado), o equivalente a 6,8%. Em relação a 1991, o crescimento foi de 17,2%, uma vez que da população de 25 anos ou mais (67,2 milhões), 3,8 milhões (5,8%) eram graduados ou pós graduados.
No cruzamento da série de escolaridade concluída com a cor ou raça, são os amarelos (26,9%) que detêm o maior percentual de nível superior concluído, sendo que pardos (2,4%), indígenas (2,2%) e pretos (2,1%) apresentam taxas cinco vezes menores que a dos brancos (9,9%)
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As informações, com tabelas que chegam ao nível de município, fazem parte da série de publicações temáticas que o IBGE vem lançando ao longo de 2003 sobre o último Censo Demográfico e que aborda temas como Migração, Deficiência, Religião, Nupcialidade e Fecundiade e Trabalho e Rendimento.
Ainda na faixa etária de 25 anos ou mais de idade e, levando em conta o sexo da pessoa, verifica-se que há mais mulheres (3,1 milhões) do que homens (2,6 milhões) com nível superior concluído e que essa diferença chega a mais de 500 mil pessoas. Estes, por sua vez, são mais pós-graduados do que as mulheres (57,0% contra 43,0%).
No grupo dos mestres e doutores (mais de 300 mil), 86,4% são brancos; 9,2%, pardos; 1,9%, amarelos; 1,8%, pretos e, apenas 0,2%, indígenas.
24 milhões de analfabetos
Os dados do Censo 2000 sobre educação mostram que 16% da população de 5 anos ou mais de idade - cerca de 24 milhões de pessoas - são analfabetas.
Entre o total de alfabetizados com 5 anos ou mais de idade (129,3 milhões), mais da metade é formada por pessoas que se declararam brancas (56,8%), seguidas pelas pardas (35,9%), pretas (5,8%), amarelas (0,5%) e indígenas (0,4%). Em relação à população não-alfabetizada (24 milhões), 51,5% são pardos; 37,2%, brancos; 9,5%, pretos; 0,8%, indígenas e 0,2%, amarelos.
Apesar da melhoria da situação educacional ao longo dos anos, principalmente na faixa etária de 10 a 14 anos, cujo percentual de crianças freqüentando escola é quase universal (94,6%), as informações sobre o acesso à escola mostram que apenas 1/3 da população brasileira estuda.
Entre a população de quase 170 milhões, pouco mais de 53 milhões (31,4%) freqüentam escola. E quanto menor o rendimento mensal familiar, menores são as possibilidades de freqüência a um estabelecimento de ensino.