Os servidores de 15 superintendências do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) iniciaram greve nesta segunda-feira (21). Essa é a quarta paralisação da categoria desde o início do governo Lula.
O instituto tem cerca de 6,1 mil servidores, distribuídos em 30 superintendências. Os funcionários do Incra são responsáveis pelos processos de reforma agrária.
De acordo com o diretor nacional da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (CNASI), José Vaz Parente, as principais reivindicações são reajuste do vencimento básico, paridade salarial com outras categorias do serviço público e contratação de pessoal.
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Parente informou que o salário do servidor do Incra é 50% menor em comparação com órgãos federais semelhantes ao instituto, como Banco Central e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Ele explicou que, atualmente, as gratificações, que servem para complementar, correspondem a 85% do vencimento. "O pessoal fica numa oscilação de renda absurda e vulnerável a agiotas", afirmou o diretor.
A categoria também pede a contratação de mais funcionários, de modo a recuperar o quadro que o Incra tinha na década de 80, que era de 10 mil empregados.
Dos cerca de 6.100 servidores na ativa, 30% estão em condições de aposentar, conforme o diretor. A CNASI aguarda a apresentação de uma contraproposta do governo ainda hoje (21).
Segundo Parente, os servidores das 15 superintendências restantes, entre elas da sede, em Brasília, realizam assembléias nesta segunda-feira e terça (22) para definir se ingressam na greve. Funcionários do Ibama e do Ministério da Cultura também estão de braços cruzados.
A assessoria de imprensa do Incra informou que o instituto não tem um posicionamento sobre a paralisação.