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Missão de paz

Militares brasileiros assumem força da Onu no Líbano

BBC Brasil
15 fev 2011 às 17:02

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Oficiais da marinha brasileira chegam ao Líbano nesta terça-feira (15) para assumir o comando da unidade marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil).

Segundo informações da Embaixada brasileira no Líbano, o contra-almirante Luiz Henrique Caroli coordenará as operações da Força Tarefa Marítima, subordinada à Unifil, que atualmente monitora a fronteira entre Líbano e Israel e ajuda o governo libanês a evitar a entrada de armas ilegais no resto de suas fronteiras.

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Os militares brasileiros participarão pela primeira vez da frota marítima de uma força de paz, em missão que começou oficialmente no dia 9 de fevereiro, segundo uma portaria do ministro da Defesa, Nelson Jobim.

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A MTF iniciou suas atividades em outubro de 2006, logo após a guerra entre o grupo islâmico libanês Hezbollah e Israel.

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Equipe brasileira


O contra-almirante Caroli chega acompanhado de oito militares da Marinha brasileira, quatro oficiais e quatro marinheiros. Ele comandará uma frota composta de oito embarcações, 800 oficiais e marinheiros de cinco nacionalidades.

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A força naval da Unifil tem a tarefa de patrulhar os 225 quilômetros da costa libanesa e interceptar navios que levem armas ilegais ao país.


Segundo o embaixador brasileiro no Líbano, Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura, a contribuição brasileira se encaixa na visão do Itamaraty de um engajamento ativo em missões internacionais.

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"O Brasil já tem tradição em missões de paz. Desde 1948, foram mais de 60 missões de paz com a participação de militares brasileiros", disse.


Missão de paz

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O embaixador disse ainda que, apesar da tradição, essa será a primeira vez que o país fará parte do componente naval em uma missão de paz.


No ano passado, segundo Fontoura, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon pediu que o Brasil cedesse um contingente da marinha nacional à missão libanesa.

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"Os militares brasileiros são conhecidos por sua qualidade e competência", disse o embaixador.


"Em vários níveis do governo libanês eu ouvi elogios ao Brasil por tornar-se parte da força de paz."

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Frota


Os navios da MTF são compostos por três embarcações alemãs, duas bengalesas, uma turca, uma indonésia e um navio grego. O comando da força tarefa era exercido pela Itália até o ano passado.


A força naval da ONU deve auxiliar a marinha libanesa a monitorar as águas territoriais do Líbano, cuidar da segurança da costa e prevenir a entrada ilegal por mar de armamentos para dentro do país.


Segundo a Unifil, desde 2006, quando iniciou suas atividades, a MTF interceptou 28 mil embarcações, e encaminhou 400 navios suspeitos às autoridades libanesas para inspeções.


Outro militar brasileiro, o capitão de mar e guerra Gilberto Kerr, está no Líbano desde dezembro de 2010 como chefe de operações navais junto ao comando da Unifil.


A missão de paz no país foi criada em 1978, inicialmente para confirmar a retirada de Israel do Líbano, mas teve, depois, seu mandato alterado em 1982, 2000 e 2006. Hoje, a força tem um contingente de mais de 13 mil soldados de diferentes países. Desde 1978, 275 militares da missão foram mortos no Líbano.


A Unifil é liderada atualmente pelas tropas espanholas, sob o comando do major-general Alberto Asarta Cuevas.


Depois da guerra de 2006, entre Israel e o Hezbollah, o mandato da Unifil foi ampliado e os soldados de paz passaram também a patrulhar a fronteira sul do Líbano.


Os soldados de paz devem ajudar o Exército libanês a prevenir o contrabando de armamento ilegal, manter o controle sobre a região, além de coordenar e manter o cessar-fogo entre o Líbano e Israel.

Segundo a embaixada brasileira, o contra-almirante Luiz Henrique Caroli estará subordinado diretamente ao comandante espanhol Alberto Cuevas.


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