Um prisioneiro que cumpria pena de prisão perpétua pelo estupro de crianças foi atacado e morto dentro da penitenciária de segurança máxima inglesa Grendon, em Buckinghamshire, segundo informou a polícia.
Robert Coello, de 44 anos, morreu no hospital no domingo à noite, depois de ter sido encontrado em sua cela coberto de sangue. As informações são de que ele teria sofrido fraturas na cabeça depois de ser pisoteado.
A polícia de Thames Valley já identificou um outro prisioneiro, de 25 anos de idade, como o possível autor do ataque.
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Coello foi encontrado pelos carcereiros em sua cela na tarde de domingo. Ele foi levado para o hospital de Stoke Mandeville, onde médicos trabalharam por sete horas para tentar salvar sua vida, mas ele foi pronunciado morto pouco depois das 23h.
A prisão de Grendon, onde estão detidos alguns dos prisioneiros mais perigosos da Grã-Bretanha, é considerada uma das mais seguras da Grã-Bretanha.
Ainda não foi realizado um exame póstumo para identificar as causas da morte.
Coello foi detido em 2006, depois de admitir quatro acusações de estupro, entre outros crimes, e teria que cumprir um mínimo de sete anos de sua pena.
Mais tarde ele se candidatou para ser transferido para a prisão de Grendon, uma penitenciária especial com programa de reabilitação e terapias, onde só são detidos 235 prisioneiros.
Cada um deles é entrevistado antes de ser admitido e tem que provar que tem um "desejo genuíno" de mudar, inclusive de deixar as drogas.
Em resposta à morte, a Associação de Funcionários do Sistema Prisional afirmou que os recentes cortes de orçamento aumentaram a pressão sobre Grendon.
Mas um porta-voz do Ministério da Justiça declarou que "não houve nenhuma mudança no tipo de prisioneiro detido lá nos últimos meses, nem no processo de triagem".
Processo de seleção
Se um prisioneiro é identificado como potencial candidato para o tratamento oferecido pela Grendon, os funcionários da prisão reúnem relatórios psiquiátricos e outros dados sobre o comportamento dos prisioneiros em outras penitenciárias. O chefe do departamento de psicologia da prisão decide quem será admitido.
Uma vez dentro de Grendon, os prisioneiros passam por um período de três meses de avaliação antes de serem alocados a uma das cinco alas da prisão. Cada uma delas opera uma "comunidade terapêutica" autônoma.
Essas comunidades incluem classes educativas dadas por especialistas e permite aos prisioneiros eleger representantes para assumir papel de liderança em sessões de terapia e em reuniões com funcionários sobre alguns aspectos da prisão.
Os prisioneiros são instalados em celas individuais, e as poucas celas duplas são ocupadas por apenas um detento, segundo relatórios de inspeção.
No ano passado, a ex-inspetora chefe das prisões Anne Owers elogiou Grendon como sendo "um lugar fundamentalmente seguro", com resultados comprovados no tratamento a alguns dos prisioneiros mais problemáticos sob custódia.
Mas ela alertou que os cortes no orçamento poderiam colocar em risco os "avanços impressionantes" alcançados.