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Líder religioso

Polêmico e bilionário, Reverendo Moon morre aos 92 anos

BBC Brasil
02 set 2012 às 19:55

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- BBC Brasil
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O líder religioso Sun Myung Moon, criador da Igreja da Unificação, e dono de um bilionário grupo de empresas de comunicação com ramificações em diversas outras áreas, entre elas, armas e saúde, morreu nesta segunda-feira aos 92 anos.
O polêmico reverendo Moon – que afirmava ser o novo messias, após ter sido convidado por Jesus Cristo para fundar o seu reino na Terra – tinha sido internado com pneumonia há duas semanas em um hospital que pertence à sua igreja, na região nordeste da capital sul-coreana, Seul.

Moon fundou a Igreja da Unificação, que dizia ter milhões de seguidores, em 1954, em Seul, mas ficou conhecido mundialmente nas décadas de 70 e 80. No auge da fama e da polêmica, Moon realizava cerimônias de casamento simultâneas com milhares de casais, que muitas vezes tinha acabado de conhecer os seus futuros cônjuges.

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Nessa época, era também comum ver-se seguidores do reverendo Moon, principalmente nos Estados Unidos, vendendo amendoim e flores para levantar fundos para a igreja. No entanto, enfrentou também acusações de conduzir lavagem cerebral de seus fieis, além de destruir famílias e enriquecer com a fé – que ele negava veementemente.

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Ele foi um dos fundadores do jornal americano Washington Times e chegou a passar 11 meses preso nos Estados Unidos, condenado por evasão fiscal em 1982.

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'Encarnação de Deus'


Ao sair da penitenciária, ele reforçou uma campanha por liberdade religiosa ao lado de outras igrejas americanas.

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Considerado líder de um culto perigoso por seus críticos, ele proibido de entrar na Grã-Bretanha em 1995. Mas o reverendo Moon nunca se furtava de polêmicas, como na entrevista em que confirmou a sua crença. "Deus vive em mim e sou a encarnação dele. O mundo todo está nas minhas mãos e vou conquistá-lo e subjugar o mundo", afirmou.


Nascido em 1920 na província de Pyongan, na atual Coreia do Norte, Moon dizia ter sido preso e torturado pelos comunistas antes de fugir para a Coreia do Sul. Anticomunista fervoroso, o reverendo foi um colaborador próximo do presidente americano Richard Nixon, na década de 70.


Nos Estados Unidos, Moon fundou diversas empresas e era um grande proprietário de imóveis de luxo. Em 2003, o empresário e líder religioso provocou ira ao dizer em um sermão que o Holocausto teria sido o pagamento dos judeus por terem assassinato Jesus Cristo.

Moon dizia que Jesus apareceu para ele quando rezava aos 15 anos, lhe pedindo para que fundasse o seu reino terreno. Ele teria se recusado duas vezes, mas cedeu na terceira tentativa de Cristo.


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