Kate Middleton e o príncipe William trocaram votos nesta sexta-feira (29) na abadia de Westminster, em Londres, convertendo-se em marido e mulher.
Cerca de 1,9 mil convidados compareceram à cerimônia. As estimativas eram de que as imagens da união foram vistas por 2 bilhões de pessoas em todo o mundo.
Multidões se aglomeraram no centro de Londres para assistir ao casamento. Entre 3 mil e 5 mil pessoas acamparam durante a noite ao redor da abadia.
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Outros milhares dormiram acampados ao longo da rota do casal, entre a igreja e o Palácio de Buckingham.
William e Kate desfilaram após a cerimônia na carruagem State Landau 1902, aberta, que também foi usada no casamento dos pais do príncipe, Carlos e Diana, em 1981.
A cerimônia transcorreu como planejado, embora William tenha se atrapalhado ao colocar o anel no dedo de Kate.
Seguindo a tradição, a joia foi feita com ouro de Gales e dado ao noivo pela rainha. Elizabeth 2ª também emprestou a Kate a tiara de diamantes que ela usou sob o véu.
Vestido
Kate Middleton chegou à abadia usando um vestido longo e branco, de mangas rendadas, deixando entrever os ombros. O trabalho foi feito pela Escola Real de Costura, em Hampton Court.
Sob o véu de 2,70 metros, Kate usava uma tiara de diamantes - emprestada pela própria rainha - e dois delicados brincos de brilhantes.
Vestido desenhado por Sarah Burton tem cauda de 2,70 metros
A peça foi desenhada por Sarah Burton, diretora de criação da grife fundada por Alexander McQueen, ícone da moda britânica falecido no ano passado.
Segundo uma leitura labial feita por um especialista a pedido do jornal The Guardian, as primeiras palavras de William ao ver a noiva - que caminhou por uma avenida de árvores dentro da igreja - foram "Você está linda".
William vestia uniforme militar e a esperava ao lado do irmão, o príncipe Harry, padrinho do casamento.
O casal foi oficialmente casado pelo arcebispo de Canterbury às 11h20 (07h20 em Brasília).
Com o casamento, Kate passa a ser duquesa de Cambridge, já que, horas antes, a rainha Elizabeth 2ª concedeu o título de duque de Cambridge a William.
O príncipe também se tornou conde de Strathearn e Barão Carrickfergus, transformando Kate em Condessa de Strathearn e Baronesa Carrickfergus.
Renovação
Para analistas, mais que uma simples união, o casamento real representa uma esperança de renovação da monarquia britânica.
Para o repórter da BBC especializado em monarquia Peter Hunt, casamentos são importantes para a família real porque "revigoram instituições centenárias" e renovam o interesse do público em suas atividades.
A realeza "sobrevive ao ser notada e murcharia se fosse ignorada", afirma.
Pesquisas de opinião revelam que a maioria da população é favorável à manutenção do status quo britânico.
Na semana passada, o jornal The Guardian publicou consulta revelando que 66% do público acredita que a realeza é relevante para a vida do Reino Unido.
Mas analistas não entram em acordo sobre como será a "era William e Kate".
Há perguntas sem resposta, como 'qual será o futuro papel de Kate na família real'.
Ou como o casal lidará com a demanda cada vez maior por visibilidade, à medida que a rainha - já octogenária - inevitavelmente for reduzindo suas atividades públicas?
E quais são os riscos de um casal jovem ofuscar o homem que será o futuro rei, o príncipe Charles?
Sabe-se de imediato que William tem um destino a cumprir, como piloto da Força Aérea Britânica e segundo na linha de sucessão do trono britânico.
Já Kate terá que conquistar seu papel como membro sênior da realeza, e eventualmente se engajar em causas de caridade para representar.
Acredita-se que William - que se ressente da perseguição dos paparazzi à sua mãe, a princesa Diana - tente obter um acordo para aplacar o sempre voraz apetite da imprensa britânica, e assim conseguir viver sua vida de casado com relativa privacidade.
Alguns especialistas acreditam que a opção do casal pela discrição já tenha sido demonstrada no planejamento do casamento. A própria cerimônia foi pomposa, mas sem exageros - o que já era esperado, pois a crise econômica vivida pelo Reino Unido não permitiria um casamento extremamente luxuoso.
Vários analistas afirmam que a escolha da Abadia de Wesminster - em vez da Catedral de Saint Paul, onde Charles e Diana se casaram - e por um coquetel seguido de jantar no palácio de Buckingham após a cerimônia religiosa, se deve também ao fato de que William e Kate querem ser a cara de uma monarquia mais simples, contemporânea e mais "pé no chão".