A cada 15 segundos uma mulher é espancada no Brasil - ou seja, 2,1 milhões de mulheres espancadas por ano. Muitas vezes, o lugar menos seguro para uma mulher é a sua própria casa: mais de 70% dos casos de incidentes violentos registrados em delegacias são de espancamento de mulheres por seus companheiros.
Os dados da pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2001) foram divulgados nesta sexta-feira (25) pela organização não-governamental (ONG) Agende - Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento. A ONG está à frente da campanha mundial 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, que começa nesta sexta-feira em 130 países.
De acordo com informações da Agência Brasil, atualmente, a política de apoio à mulher vítima de agressão está presente em todos os estados brasileiros. O projeto Casa Abrigo, por exemplo, já possui 72 unidades implantadas e 54 em funcionamento em todo o país. "A Casa Abrigo é um projeto sigiloso que acolhe mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica em situação de risco", explica a diretora da Casa Abrigo do Distrito Federal, a advogada Andréa Vasquez.
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Andréa conta que a mulher que é atendida pelas Casas Abrigo geralmente tem entre 18 e 28 anos e denuncia o agressor apenas de oito a dez anos após o primeiro ato de violência. A maioria é de classe baixa e apresenta vários distúrbios emocionais. O agressor geralmente é companheiro, marido ou padrasto, no caso das crianças.